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segunda-feira, 3 de maio de 2021

As Formas de Fósforo Encontradas no Solo e Aproveitamento pelas Plantas

 Você já deve ter lido ou escutado que do fósforo aplicado ao solo apenas 15 a 25% são aproveitados pelas plantas. E na transação comercial de fertilizantes você nota, ou mesmo nas recomendações de adubação, que as fórmulas de fertilizantes minerais apresentam o P em maior concentração do que o NK. Por exemplo, formulações como 05-30-10, 04-14-8, 08-24-12 e tantas outras. Por que isto, se dos três macronutrientes principais (NPK) absorvidos pelas plantas, o fósforo (P) é aproveitado em pequena quantidade? O fósforo é mais necessário no estágio inicial da planta promovendo o seu crescimento e a formação de um bom sistema

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Problemas Encontrados pelos Fosfatados quando Aplicados no Solo

Os fertilizantes fosfatados comercializados, com o objetivo de fornecer fósforo para as plantas, apresentam compostos de fósforo de grande solubilidade em água. Aplicados no solo, os grãos de fosfato reagem em solos úmidos e liberam de maneira imediata o fósforo - é uma disponibilidade imediata. Por casa disto, o fósforo contido nos grãos move-se apenas a pequenas distâncias no solo, a partir do ponto de aplicação. Geralmente esta distância é menos de 2 cm. Assim sendo, o volume de solo que foi enriquecido com a aplicação de fósforo é pequeno. Este volume tende a ser ainda menor quando se faz a aplicação de fosfatos no sulco em relação à aplicação a lanço.
O teor de solubilidade também influi sobre o volume de solo que foi afetado

terça-feira, 12 de maio de 2015

Sem "Tolerância Zero" para as Perdas de NPK no Solo

 

É Possível Tolerância Zero para as perdas de Nutrientes no solo?


É impossível adotar-se uma "tolerância zero" para as perdas dos nutrientes aplicados através das adubações. Mas, é possível minimizá-las manejando as quantidades recomendadas pela análise do solo, conforme as condições do solo, do clima, etc. O certo é manejar as aplicações dos fertilizantes levando em conta a fertilidade do solo e as reais necessidades de cada cultura. Cada cultura tem uma necessidade diferente em termos de NPK. Portanto, a recomendação de fazer uma análise de solo antes de plantar. Conhecer o solo, sua fertilidade, seu conteúdo em

terça-feira, 14 de abril de 2015

Os Vegetais Absorvem P2O5 e K2O ?


Esta é uma pergunta que muitos leitores fazem ou por quê os fertilizantes exprimem nas suas garantias que possuem tanto por cento de fósforo na forma de P2O5 ou tanto por cento de potássio na forma de K2O. Ora os fertilizantes não contêm P2O5 nem K2O. Por outro lado, a planta não absorve fósforo na forma de P2O5, nem potássio na forma de K2O. A legislação brasileira é quem usa P2O5 e K2O como uma forma de expressar as garantias destes nutrientes. É apenas do ponto de vista comercial. Na maior parte dos fertilizantes fosfatados, o fósforo se encontra na forma de fosfato de cálcio e fosfato de amônio, entretanto, no solo, as raízes das plantas absorvem o fósforo na forma de ortofosfatos, H2PO4- e HPO4²-, de acordo com o pH

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Retrogradação do Fósforo em Fosfatados Estocados


O que é Retrogradação do fósforo no solo?

Em solos com altos teores de cálcio (Ca), sob a forma livre de carbonato de cálcio, pela retrogradação, o fósforo do adubo é convertido em fosfato tricálcico que não é aproveitado pela planta. É uma forma semelhante à da rocha fosfatada. Entretanto, na retrogradação o fósforo não fica perdido, mas torna-se disponível lentamente para as plantas. Comumente, ouvimos comentários que o fosfatado não pode ser aplicado junto com o calcário, ao mesmo tempo. É preciso aguardar, no mínimo 30 dias, entre a calagem e a

terça-feira, 25 de maio de 2010

Solubilidade X Assimilabilidade das Fontes de Fósforo

Antigamente, uma corrente de agrônomos considerava que apenas o fósforo proveniente dos fosfatos solúveis em água seria aproveitado pela planta durante o seu desenvolvimento. O que não era solúvel em água não seria absorvido pela planta, e, consequentemente, não tinha nenhuma eficiência agronômica. Eles consideravam o solo como um mero suporte do vegetal para ele não cair. E parece que ainda existem os que defendem esta teoria. O solo não teria vida. Mas o que se sabe é que o solo é um meio dinâmico formado de estruturas coloidais, com a presença de ácidos fracos, de microorganismos, de CO2, de secreções ácidas liberadas pelas raízes, e que teriam a propriedade de solubilizar as fontes de fósforo liberando-o para as plantas. 
Para uma melhor compreensão, abaixo temos uma ilustração do ciclo dos fosfatos solúveis em água.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

As Reações dos Fertilizantes Fosfatados e o Solo

Os fertilizantes fosfatados, no solo, sofrem uma série de reações que podem limitar a absorção do fósforo: diz-se que apenas 15 a 25% do fósforo, aplicado no solo, é absorvido pelas plantas. Daí o porquê das formulas NPK apresentarem alto teor de fósforo para compensar as perdas que se verificam, no solo, por causa dos processos de retrogradação e fixação do nutriente. Devido à alta reatividade dos fertilizantes fosfatados solúveis em água, o fósforo move-se no solo a pequenas distâncias a partir do ponto de aplicação: desta maneira um volume de solo que é enriquecido com a aplicação de P2O5 é pequeno; tende a ser menor quando se faz a aplicação em sulcos do que quando se procede à cobertura total do solo.

RETROGRADAÇÃO DO FÓSFORO:
Em solos com altos teores de cálcio (Ca) sob a forma livre de carbonato de cálcio, pela retrogradação, o fósforo do adubo é convertido em fosfato tricálcico que não é aproveitado pela planta. É uma forma semelhante à da rocha fosfatada. Esta forma de fósforo é de baixa disponibilidade para as plantas. Entretanto na retrogradação o fósforo não fica perdido, mas torna-se disponível lentamente para as plantas.


FIXAÇÃO DE FÓSFORO:
É um problema sério que ocorre nos solos ácidos. O fósforo é fixado pelo ferro e pelo alumínio. O fósforo torna-se indisponível para as plantas. A aplicação de calcário é uma maneira de melhorar esta indisponibilidade. Os íons (OH‾),gerados pelo calcário,tomam o lugar dos íons de fósforo fixado liberando-os para a solução do solo. Este é um dos maiores benefícios indiretos da calagem.
A reação com as argilas, principalmente aquelas com relação 1:1 (1 sílica:alumínio) – as caulinitas, é outra maneira de fixação do fósforo.

O oxigênio (aeração) é necessário para o crescimento das plantas e para a absorção dos nutrientes. Também é importante na decomposição da matéria orgânica do solo que é uma das fontes de fósforo. A compactação reduz a aeração e o espaço poroso das raízes. Isto reduz a absorção de fósforo e, consequentemente, afeta o crescimento das plantas. A compactação impede, também, as raízes de ocuparem uma maior área de solo pela penetração, limitando o acesso aos nutrientes. O aumento da umidade, até níveis ótimos, faz com que o fósforo fique mais disponível. Entretanto, o excesso de umidade reduz a aeração. Temperaturas adequadas facilitam a decomposição da matéria orgânica. Mas quando elas são muito altas ou muito baixas, limitam a absorção de fósforo.
Os fertilizantes fosfatados solúveis em água apresentam uma solubilidade alta. Isto explica o conceito de que somente os fosfatados solúveis em água são aproveitados pelas plantas. Por causa desta solubilidade, o fósforo move-se a pequenas distâncias a partir do ponto de aplicação. Assim sendo, o volume de solo enriquecido com fósforo é pequeno. Isto tende a ser menor quando se faz uma aplicação nos sulcos do que quando se aplica em cobertura total.
No solo, o fósforo encontra-se fixado, imobilizado, adsorvido e disponível.


1) FIXADO – é aquela forma de fósforo mineral que se encontra combinada a outros elementos como cálcio, ferro e alumínio, formando compostos não assimiláveis pelas plantas. Esta fixação depende das condições inerentes a cada solo e pode ocorrer com maior ou menor intensidade.
2) IMOBILIZADO – é aquela forma de fósforo que se apresenta na fórmula orgânica não assimilável pelas plantas. Este fósforo torna-se disponível para a planta pela mineralização da matéria orgânica.
3) ADSORVIDO – é aquela fração de fósforo que se encontra presa ao complexo coloidal do solo tornando-se disponível através de trocas com as raízes.
4) ASSIMILÁVEL – é aquela parte do fósforo que se encontra diluída na solução do solo sendo facilmente absorvida pelas plantas.
FÓSFORO DISPONÍVEL = FÓSFORO ADSORVIDO + FÓSFORO ASSIMILÁVEL

OUTROS ASSUNTOS
Fertilidade do Solo e Nutrição das Plantas
As Funções do Fósforo para as Plantas
Tipos e Obtenção dos Fertilizantes Fosfatados
Interpretando os Conceitos Básicos da Análise de Solo

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Eficiência dos Fertilizantes - Parte II - perdas de Fósforo e Potássio

Na postagem Parte I sobre a Eficiência dos Fertilizantes em relação às perdas de nutrientes no solo, comentamos sobre o Nitrogênio: Ciclo do N, processos que ocorrem no solo, perdas do nutriente. Vamos prosseguir, nesta postagem, comentando as perdas de fósforo e o potássio.
Para acessar o artigo Eficiência dos fertilizantes - Parte I - perdas de nitrogênio 
(Clique aqui)

O FÓSFORO:
Dos três macronutrientes primários (NPK) exigidos pelas plantas, o fósforo é absorvido em pequenas quantidades. Mas sua presença no solo é indispensável para o crescimento e produção de grãos e frutos. Afirma-se que quando as plantas atingirem 25% da altura total, elas já armazenaram 78% de suas necessidades totais em fósforo. Isto explica porque deve haver um suprimento adequado de fósforo no momento que as plantas começam a germinar, particularmente em plantas de ciclo curto. Os fertilizantes fosfatados, sob a forma solúvel em água, reagem, no solo, com o ferro, alumínio, argilas, matéria orgânica, formando compostos insolúveis não aproveitáveis pelas plantas. Por isto, uma cultura aproveita apenas 15 a 30% do fósforo aplicado como fertilizante. Isto explica o porquê das fórmulas de fertilizantes (NPK) apresentarem o teor, relacionado ao fósforo, em maior quantidade se as plantas exigem pequenas quantidades deste nutriente. Por exemplo: a fórmula 5-30-25 é um adubo NPK contendo 5% de nitrogênio (N), 30% de fósforo (P) e 15% de potássio (K). Nesta fórmula, o maior nutriente em quantidade é o fósforo (P=30). Por que? Como vimos as plantas aproveitam de 15 a 30% do fósforo aplicado no solo. Portanto, a necessidade de se utilizar fórmulas com altas concentrações de fósforo para liberar aquela quantidade que a planta necessita para o seu desenvolvimento até à maturação. O restante do fósforo que foi fixado no solo será liberado com aplicações de calcário (calagem).

Lavagem do P: no solo, o fósforo é pouco móvel pois é firmemente retido não sofrendo com a percolação. Mesmo em campos irrigados, a água de drenagem apresenta valores de fósforo que não excedem a 1 mg/dm3. Sendo assim, as perdas de fósforo por percolação são desprezíveis.

Erosão: é a responsável pelas maiores perdas de fósforo. Na erosão, verifica-se perdas de matéria orgânica e partículas coloidais com fósforo. Além do fósforo, outros nutrientes, como o nitrogênio e o potássio, sofrem grandes perdas pelo carregamento do solo onde estão contidos.

Fósforo fixado: – é aquela forma de fósforo mineral que se encontra combinada a outros elementos como cálcio, ferro e alumínio, formando compostos não assimiláveis pelas plantas. Esta fixação depende das condições inerentes a cada solo e pode ocorrer com maior ou menor intensidade. É um problema muito sério em solos ácidos. A calagem é uma das formas de minimizar a fixação. Os íons OH, gerados pela reação do calcário no solo, ocupam o lugar dos íons de P liberando o nutriente para a solução do solo. As argilas, do tipo caulinitas, com relação 1:1 (sílica e alumínio) contribuem para a fixação do fósforo. A taxa de recuperação do P pelas culturas é baixa (15 a 30%).
Fósforo imobilizado: é aquela forma de fósforo que se apresenta na fórmula orgânica não assimilável pelas plantas. Este fósforo torna-se disponível para a planta pela mineralização da matéria orgânica.
Fósforo adsorvido: é aquela fração de fósforo que se encontra preso ao complexo coloidal do solo tornando-se disponível através de trocas com as raízes.
Fósforo assimilável:– é aquela parte de fósforo que se encontra diluído na solução do solo sendo facilmente absorvida pelas plantas.
Fósforo disponível  =  fósforo adsorvido  +  fósforo assimilável
CICLO DOS FOSFATOS SOLÚVEIS


1. O fosfato solúvel em água em contato com a solução do solo, solubiliza-se tornando-se imediata e totalmente disponível. Parte deste fósforo fica diluído na solução do solo e parte fica adsorvido ao complexo coloidal (argilas), por troca iônicas com OH-;
2. Nossos solos sendo ácidos apresentam elevados teores de ferro, e alumínio e outras bases e, portanto, grande parte do fósforo disponível é fixada, formando compostos de ferro e alumínio insolúveis;
3. Parte do fósforo disponível é absorvida pelos vegetais e pelos microorganismos do solo para obterem a energia para viverem. Temos, então, o fósforo imobilizado;
4. O fósforo fixado poderá voltar a ser disponível pela ação dos ácidos orgânicos provenientes da mineralização da matéria orgânica e pela acidez livre do solo (H+), pelas secreções ácidas das raízes e pelo gás carbônico do ar do solo;
5. Com a morte dos microorganismos do solo e dos restos de culturas, o fósforo imobilizado pode tornar-se, novamente, disponível para as plantas pelo processo de mineralização da matéria orgânica. O número de microorganismos no solo é grande. Apenas em 1 grama de solo encontramos de milhares a milhões de fungos, bactérias, algas e protozoários, etc...Nesta ação de desdobramento da matéria orgânica do solo pelos microorganismos, resultam ácidos fracos ( acético, cítrico, fórmico e outros) os quais podem solubilizar as formas de fósforo fixado. Parte do fósforo é aproveitado pelos microorganismos e parte fica disponível na solução do solo para ser absorvida pelas plantas ou ser novamente fixada.

Retrogradação do P:

ocorre em solos com alto teores de cálcio (Ca). O fósforo do fertilizante é convertido em fosfato tricálcico de baixa disponibilidade para as plantas. É como se o fósforo do fertilizante voltasse à forma de rocha fosfatada. A indústria de fertilizantes utiliza a rocha fosfatada para a obtenção de superfosfatos (fosfatos acidulados) pelo ataque dos ácidos sulfúrico e fosfórico, com a finalidade de transformar o fósforo insolúvel em fósforo disponível para as plantas. O fósforo retrogrado não é perdido mas sua disponibilidade torna-se lenta.

O POTÁSSIO:
Fixação do K: o potássio (K) não reage no solo como fósforo. O potássio está presente na solução do solo ou adsorvido aos coloides. Nos processos de troca, ele é deslocado das posições de trocas dos colóides do solo e ingressa na solução do solo onde é absorvido pelas plantas. Algumas argilas têm a capacidade de fixar o potássio. Este K fixado pode ser trocado por outros cátions.

Lavagem do K:
na solução do solo o K é móvel e sujeito às perdas por lavagem. Entretanto, como a concentração de K na solução do solo é muito baixa, as perdas por lavagem são muito pequenas. Exceto em solos arenosos e de baixa capacidade de retenção de cátions (CTC), onde elas são maiores.

CONCLUSÃO:
Em função de todos os processos que comentamos nas postagens I e II, de todas as perdas sofridas pelos macronutrientes NPK, foi estimada um percentual de aproveitamento dos nutrientes, com fatores específicos para cada um, conforme quadro abaixo:


Das quantidades ne NPK aplicadas no solo, coloca-se duas vezes mais N, de três a cinco vezes mais P2O5 e 1,5 vezes mais K2O.