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quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Capacidade Tampão de Fósforo no Cálculo da Adubação de Fosfatagem

Uma correta amostragem é importante para obter resultados de  análise do solo que espelhem a real situação do solo. Amostragens mal feitas dão origem a resultados errôneos e, consequentemente, um plano de adubação mal feito com reflexos na produtividade das culturas. 

Apesar de ser absorvido em menores quantidades em relação ao nitrogênio (N) e ao potássio (K), o fósforo é imprescindível ao desenvolvimento das plantas, principalmente na fase inicial, para formação de um bom desenvolvimento do sistema radicular. Entretanto, nas formulações de fertilizantes ele é o mais expressivo em termos de concentração de nutrientes, como se verifica em fórmulas como 5-30-10, 8-32-16, 4-14-9 e tantas outras. Isto ocorre porque, no solo, o fósforo está sujeito à fixação, à retenção e outros problemas. Chega-se a dizer que do fósforo aplicado no solo, a planta absorve de 15 a 25%.
Os solos brasileiros apresentam, em geral, pobreza de nutrientes essenciais às

terça-feira, 21 de maio de 2013

Os Métodos Mehlich-1 e Resina na Extração de Fósforo (P)



O fósforo é absorvido pelas plantas através da solução do solo. Na solução do solo, o fósforo encontra-se com teores baixíssimos. À medida que a planta vai absorvendo o fósforo da solução, ocorre uma reposição pelo fósforo da parte sólida, pois há um equilíbrio entre o P da solução do solo (forma líquida) com o P da fase sólida. Esse fósforo da parte sólida em equilíbrio com a parte líquida é chamado fósforo lábil. O que se deseja num extrator é que ele determine apenas o P lábil. Mas, muitos extratores retiram o P lábil e o P não lábil.
A determinação do fósforo (P) disponível no solo é feita através de extratores. Mas,

terça-feira, 8 de junho de 2010

O Fósforo do Solo e a Eficiência Agronômica

Os solos brasileiros são ácidos e apresentam deficiências de P para as plantas. Embora exigido pelas culturas, em geral, em quantidades pequenas, o P é um fator limitante no aumento de produção das culturas. As plantas respondem muito bem à calagem, à fosfatagem e à manutenção dos níveis de P no solo, com aumento na produtividade. Entretanto, nos fertilizantes minerais granulados ou complexos, o nutriente P é expresso em percentagem maiores do que o N e K. Isto se deve ao fato de que apenas 15 a 25% do P aplicado ao solo´é absorvido pelas plantas, devido aos processos de fixação, retrogradação e outros já comentados em artigos anteriores (leia o artigo  "clicando aqui").
O fósforo, no solo, encontra-se na fase sólida – orgânica e inorgânica, e na fase líquida – solução do solo. Nesta solução ele está presente como ânions H2PO4 e HPO4 e sua concentração é menor que 0,01 mg/dm³ ou 0,02 kg/ha. Esta é apenas uma pequena fração do fósforo total e é a forma solúvel que as plantas absorvem.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Solubilidade X Assimilabilidade das Fontes de Fósforo

Antigamente, uma corrente de agrônomos considerava que apenas o fósforo proveniente dos fosfatos solúveis em água seria aproveitado pela planta durante o seu desenvolvimento. O que não era solúvel em água não seria absorvido pela planta, e, consequentemente, não tinha nenhuma eficiência agronômica. Eles consideravam o solo como um mero suporte do vegetal para ele não cair. E parece que ainda existem os que defendem esta teoria. O solo não teria vida. Mas o que se sabe é que o solo é um meio dinâmico formado de estruturas coloidais, com a presença de ácidos fracos, de microorganismos, de CO2, de secreções ácidas liberadas pelas raízes, e que teriam a propriedade de solubilizar as fontes de fósforo liberando-o para as plantas. 
Para uma melhor compreensão, abaixo temos uma ilustração do ciclo dos fosfatos solúveis em água.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Os Fosfatos perante à Legislação Brasileira

A Legislação Brasileira determina que a garantia do fósforo deve ser avaliada nos seguintes extratores químicos:
Fosfatos Acidulados e parcialmente Acidulados – Citrato neutro de amônio (CNA) + água, e os teores solúveis em água e total para os parcialmente acidulados quando comercializados isoladamente;
Misturas que contenham fosfatos acidulados ou parcialmente acidulados – citrato neutro de amônio (CNA) + água e facultativo o teor solúvel em água;
Fosfato Naturais, Fosfatos Naturais Reativos, Escórias, Termofosfatos e Farinha de Ossos – o teor total de fósforo e o teor solúvel em ácido cítrico a 2% relação 1:100; No caso dos Fosfatos Naturais Reativos pode ser indicada o teor de fósforo solúvel em ácido fórmico a 2% relação 1:100 desde que o teor de fósforo solúvel encontrado neste extrator (ácido fórmico) seja igual ou maior que 55% do fósforo total do produto.
Misturas que contenham fosfato natural, fosfato natural reativo, escórias e farinha de ossos - teor total de fósforo somente em misturas de natureza física pó ou farelada; fósforo solúvel em ácido cítrico 2% na relação 1:100 e teor de fósforo solúvel em água ou informação de que o fósforo é insolúvel em água;
Misturas que contenham termofosfatos – teor total somente quando em misturas de natureza física pó ou farelada; teor solúvel de fósforo em ácido cítrico a 2% relação 1:100 ou teor de fósforo solúvel em citrato neutro de amônio (CNA) + água.
O fósforo é avaliado na forma de P2O5. No caso do ácido cítrico a 2%, a relação 1:100, quer dizer 1 gramo de produto para 100 ml de ácido. Um avanço da Legislação de Fertilizantes foi permitir a indicação da solubilidade em ácido fórmico 2% 1:100 para os fosfatos naturais reativos. Isto era uma antiga aspiração dos que defendiam os fosfatos naturais reativos.

O mercado comum europeu utiliza o ácido fórmico há anos pois dizem que é o único extrator para diferenciar os fosfatos naturais reativos dos fosfatos de baixa reatividade desde que 55% do seu fósforo total seja solúvel no ácido fórmico 2% 1:100. E estão corretos pois pesquisas realizadas no Brasil confirmam este fato, como vejamos: dos fosfatos naturais, na ilustração acima, o único que poderia ser comercializado no Mercado Comum Europeu seria o fosfato natural de Gafsa – pois no teste realizado por Catani e Nascimento, 94,6% do fósforo total do Gafsa é solúvel no ácido fórmico 2% 1:100. Os fosfatos naturais brasileiros são de baixa reatividade e não servem para aplicação direta na agricultura mas podem ser utilizados pelas indústrias onde sofrerão tratamentos químicos que os tornarão solúveis em água.

terça-feira, 5 de maio de 2009

O Ciclo dos Fosfatos Naturais

Os fosfatos naturais reativos, sedimentares, amorfos e micropulverizados podem ser aplicados diretamente no solo pois apresentam uma eficiência agronômica muito boa. Para ser um fosfato reativo deve ter no mínimo 55% do seu fósforo total solúvel no ácido fórmico 2% relação 1:100.
No solo, os fosfatos naturais reativos apresentam o seguinte ciclo:

  1. o fósforo (P) do fosfato natural reativo encontra-se na forma tricálcica é solubilizado de modo imediato, progressivo e constante, permitindo às plantas uma disponibilidade permanente de fósforo nas quantidades necessárias e durante todo o ciclo da planta. Nos fosfatos acidulados ou solúveis em água (supersimples e supertriplo) a disponibilidade do fósforo é total e por um curto período. Em 1989, o departamento químico da extinta Companhia Riograndense de Adubos - CRA, sob a liderança do Eng° Químico F. Mottola realizou um teste com o HIPERFOSFATO (fosfato natural de alta reatividade, importado da África do Norte - GAFSA) tratando um gramo do produto com ácido cítrico a 2% 1:300 e a quantidade de fósforo extraída foi 12%. Trataram novamente o resíduo com o mesmo extrator e, novamente, obteram 12% e assim sucessivamente. Com os fosfatos naturais brasileiros obteram na 1a. extração 6 -7% e nas seguintes praticamente nada de fósforo. Nos fosfatos naturais reativos a solubilidade, no solo, é realizada: pela acidez livre do solo (H+); ação dos ácidos orgânicos sintetizados pelos microorganismos na mineralização da matéria orgânica; pelas secreções ácidas das raízes. Nas pontas das raízes exite sempre uma zona ácida que provoca a solubilização do fósforo do fosfato natural reativo; ação do CO2 do ar do solo; quando sofrem um rigoroso processo de moagem ou seja, moídos a um grau elevado de finura e devido a sua natureza branda, os fosfatos naturais altamente reativos não tem similar; Ocorre, também, o processo de fixação, mas bem menor que àquele sofrido pelos fosfatos solúveis em água, pois as quantidades disponíveis de fósforo são bem menores durante um mesmo período. A solubilização dos fosfatos naturais altamente reativos é constante;
  2. parte do fósforo disponível é absorvida pelas plantas e outra pelos microorganismos (fósforo imobilizado);
  3. a pequena parte do fósforo fixado voltará a tornar-se disponível pela ação dos ácidos orgânicos do solo, pela acidez livre (H+), pelas secreções ácidas das raízes e pelo CO2 do ar do solo;
  4. o fósforo imobilizado pode tornar-se novamente disponível pela mineralização da matéria orgânica.
Compare os ciclos dos fosfatos acidulados (texto já postado) com este dos fosfatos naturais reativos. Quando indico fosfatos naturais para serem aplicados diretamente na agricultura refiro-me aos REATIVOS.

sábado, 2 de maio de 2009

Os Fosfatos Naturais

Existem fosfatos que são insolúveis em água mas que podem ser utilizados diretamente para aplicação no solo. São os fosfatos naturais que não sofrem nenhum tratamento químico ou térmico. Mas atenção: nem todo fosfato natural serve para aplicação direta no solo. Somente os fosfatos naturais que apresentam alta solubilidade em ácido fórmico são os mais reativos. Porque na Europa o ácido fórmico 2% relação 1:100 é considerado o melhor extrator para avaliar a eficiência de um fosfato natural. Durante o século XIX, muitos químicos e engenheiros-agrônomos acreditavam que somente o fósforo solúvel em água era assimilado pelas plantas. Até a década de 70 este conceito errôneo era ainda praticado pois aprendia-se, nos bancos das Universidades, que o fosfato natural servia somente para ser atacado por ácidos (sulfúrico e fosfórico) e obtinham-se os superfosfatos simples e triplo. As legislações de fertilizantes da época contribuiram, também, para desvalorizar os fosfatos naturais. O solo como meio vivo, dinâmico, era esquecido. Apesar de insolúvel em água, o P2O5 contido nos fosfatos naturais pode ser utilizado pelas plantas devido aos seguintes fenômenos:
  1. dissolução no solo dos fosfatos naturais por soluções ácidas que reagem da mesma maneira que os ácidos sulfúrico, fosfórico utilizados pelas indústrias. O ácido cítrico presente no solo faria o mesmo papel;
  2. sua absorção pelo solo, acelera o ciclo do fósforo;
  3. ataque e absorção direta pelas raízes que segregam substâncias ácidas que são capazes de tornar solúvel as partículas de fosfatos que entram em contato com elas.
Entretanto, para que o fósforo contido nos fosfatos naturais tenha, virtualmente, o mesmo efeito ou o mais aproximado do fósforo solúvel em água é necessário duas condições importantes:
1. Utilização de fosfatos brandos de origem orgânica e sedimentar (amorfos) – isto é de grande reatividade agronômica. Não ocorrendo isto, a ação do fosfato natural será tão lenta e, praticamente nula;
2. Micropulverização destes fosfatos de forma a aumentar a área de superfície das partículas aumentando assim, ao máximo, o contato entre os ácidos do solo e o fosfato.
A solubilidade do fósforo contido nos diversos fosfatos é avaliada por diversos extratores químicos tais como: ácido cítrico, citrato, água + citrato, ácido fórmico. Estes processos apenas estimam a solubilidade do fósforo, declarado no fertilizante, enquanto no solo ocorrem processos de solubilização ainda desconhecidos pela ciência.
Segundo algumas pesquisas, "não há relação entre a solubilidade avaliada por extratores químicos e a eficiência agronômica" (Macedo-W.S.L - Resposta à aplicação de calcário e diferentes fontes de fósforo em misturas forrageiras, em dois tipos de solo. Tese -Faculdade de Agronomia -UFRGS - Porto Alegre - maio/1975). O fosfato natural apesar de ser insolúvel em água, sofre no solo, um processo de solubilização similar ao industrial quando é atacado por ácidos (sulfúrico, cítrico, fósforico e orgânicos) ou, então, é solubilizado por substâncias secretadas nas zonas das raízes. Graças à situação que o solo é um meio dinâmico, que não serve apenas para fixar a planta, mas é um meio vivo com propriedades bioquímicas aliadas às da planta, à pobreza de fósforo, na maioria dos solos cultivados, tem-se observado a eficiência agronômica dos fosfatos naturais de alta reatividade, nas mais diferentes partes do mundo e em diversas pesquisas.
Em solos ácidos, como é o caso do Brasil, onde o fósforo é fortemente fixado quando aplicado na forma solúvel em água, explica-se porque os fosfatos naturais reativos apresentam respostas favoráveis quando aplicados no solo.
Por volta dos anos 70, a legislação estabelecia que a solubilidade dos fosfatos naturais seria determinada no extrator ácido citríco 2% relação 1:300. Um fosfato de alta reatividade, originário da África do Norte, região de Gafsa, era comercializado com os teores de 30% de P2O5 total e 24% de P2O5 solúvel no ácido cítrico a 2% relação 1:300. A relação 1:300 significa uma grama de fosfato e 300 ml de ácido. Por interesses comerciais, a Legislação alterou a relação para 1:100. Nesta relação a solubilidade do Fosfato de Gafsa caiu para 12%. O produto, por um artifício da legislação, foi desvalorizado. Os extratores não são universais.
Na Europa se usa o ácido fórmico 2% 1:100 como extrator e é exigido que 55% do fósforo total seja solúvel neste ácido, para considerar um fosfato natural reativo (FNR). Para os europeus, o ácido fórmico é o melhor extrator para diferenciar fosfatos naturais reativos, de alta eficiência agronômica, dos fosfatos não reativos, de baixa eficiência. Nos Estados Unidos, utilizam o citrato neutro de amônio.
Portantos temos rochas fosfatados de baixa eficiência que não podem ser utilizadas diretamente na agricultura e precisam sofrer o processo de acidulação (tratamento por ácidos) e encontramos rochas fosfatadas reativas que podem ser usadas diretamente na agricultura pela sua grande eficiência agronômica desde que sejam amorfas e micropulverizadas. Os fosfatos naturais reativos são os de Gafsa, Carolina do Norte, Arad.
A última atualização da Legislação Brasileira, em vigor, veio valorizar os fosfatos naturais reativos permitindo que seja expresso pelo seu teor em P2O5 solúvel no ácido fórmico 2% 1:100 desde que represente, no mínimo, 55% do teor de fósforo total.