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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Reposição de Micronutrientes Exportados em Citros

A utilização da prática de reposição dos micronutrientes exportados pelas plantas de citros só é válida quando os teores deles estiverem nas faixas de interpretação "alta" ou "muito alta". Quando a análise acusa teores nas faixas de interpretação de baixo a médio, é imperativo a adubação de manutenção. No caso dos teores de micronutrientes estiverem na faixa alta ou muito alta, utilizam-se fontes de micronutrientes para repor os micros exportados pelas plantas no desenvolvimento e na produção de frutos. Os teores a serem repostos são em função da produtividade que se espera alcançar em t/ha. As tabelas de interpretação dos teores, tanto no solo como nas folhas, poderão ser vistas acessando o link abaixo:

terça-feira, 21 de junho de 2011

Importância dos Micronutrientes na Citricultura

Os micronutrientes, embora requeridos pelas plantas em pequenas quantidades, são elementos essenciais ao crescimento e desenvolvimento dos vegetais. Nos citros, o boro (B), manganês (Mn) e zinco (Zn) são micronutrientes exigidos e aplicados no solo ou via foliar, ou ambas formas. Nas tabelas abaixo, encontramos as faixas de interpretação dos teores de nutrientes no solo e nas folhas. Os parâmetros caracterizam os teores baixo a alto. São importantes para a recomendação dos micronutrientes e analisá-los do ponto de vista da necessidade de inclui-los num plano de fertilização com fontes de micronutrientes, via solo ou foliar.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Minimizar as Perdas de N na Citricultura

As plantas, em geral, necessitam muito nitrogênio para o seu crescimento e produção. Na citricultura, a exportação, na colheita de frutos, é de 1,5 a 2 kg N/t. Como fertilizante, a uréia é o mais empregado em virtude do menor custo da unidade de N, pelo alto teor de N, em relação ao sulfato de amônio. Entretanto, a eficiência agronômica da uréia é reduzida pelas perdas de N, por volatilização de amônia (NH3), para o ar. E isto acontece com qualquer adubo nitrogenado amoniacal.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O Plantio de Adubos Verdes na Citricultura

Com a adubação verde é possível recuperar a fertilidade do solo devido os aumentos nos teores de matéria orgânica do solo, na CTC, na disponibilidade de nutrientes para as plantas, na retenção de água e na aeração do solo, e no controle de nematóides. Os adubos verdes, leguminosas, possuem baixa relação C/N devido à presença de grande quantidade de nitrogênio. Mas elas, sozinhas, não suprem as necessidades totais das plantas em nutrientes, com excessão do N, embora tenham quantidades apreciáveis de NPK+Ca+Mg. As leguminosas têm a capacidade de formar relações com fungos, originando as micorrizas, tão fundamentais na agricultura ecológica pelo aumento da área de exploração das raízes.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

A Calagem nos Pomares de Citros

Os pomares de citros também se situam em solos com baixa fertilidade: baixo teor de matéria orgânica; solos, como em Sergipe, em que predomina as argilas caulinitas, 1:1, de baixa reatividade; deficiências de fósforo (P). Na maioria dos pomares não há adubação e, consequentemente, as produtividades são baixas.
Para elevar a produtividade, que traga lucro para o produtor, é necessário, primeiramente, conhecer os níveis de nutrientes do solo. Para isto é preponderante realizar uma análise do solo e análise foliar.
Os citros se desenvolvem melhor em solos com pH 6,0-6,5 e uma saturação por bases (V) de 60 a 65%. Além disto, o cálcio e o magnésio são importantes nutrientes para as plantas; daí a preferência por calcários dolomíticos. O teor de magnésio deve ser mantido, no mínimo, em 0,9 cmolc/dm3.
Coleta de amostras de solo: A análise do solo serve para conhecer o nível de fertilidade de um solo, e assim recomendar corretamente os fertilizantes. Deve-se coletar o maior número de sub-amostras para que se tenha no final, após bem misturadas, uma amostra média representativa da área do pomar.
1) em pomares instalados: as amostras devem ser colhidas na área de projeção da copa das árvores. Para isto retirar amostras 60 dias após a última adubação, na profundidade de 0-20 cm; todavia, se a amostra de solo vai ser colhida com a finalidade de conhecer as limitações de nutrientes ao desenvolvimento das raízes, a profundidade deverá ser de 20-40 cm, pois com isto vai se buscar as deficiências de cálcio (Ca), e a presença de alumínio (Al).
2) na instalação dos pomares: divide-se a área em talhões, retirando-se cerca de 20 a 25 subamostras de cada um; misturadas bem vão originar uma amostra média que deverá refletir o estado de nutrição do solo. Na coleta das sub-amostras, a área deve ser percorrida em ziguezague.
Coleta de amostras para análise foliar:
As folhas devem ser coletadas em ramos com ou sem frutos. As folhas devem ser coletadas na altura média da planta – 1,6 a 1,8 m – em cada um dos quatro lados. Os frutos dos ramos devem ter quatro cm de diâmetro; deve ser colhida a 3ª folha depois do fruto e não pode estar danificada. Para cada dez hectares de um pomar homogêneo, coletar 25 amostras. As folhas coletadas são colocadas em um saco de papel e enviadas imediatamente ao laboratório; caso não for possível, guardá-las em um refrigerador no máximo três dias.

Calagem:

Estado de Sergipe:
Para calcular a necessidade de calagem (NC) usam-se os seguintes métodos:
1) Método do alumínio (Al) trocável e elevação dos teores da Ca e Mg
Como em Sergipe, os solos são de baixo teor de matéria orgânica, presença de argilas de baixa reatividade e presença de óxidos de ferro e alumínio, este método é o mais indicado, pois o alumínio é o principal causador da acidez destes solos. Por outro lado, este método, além de neutralizar o alumínio tocável, garante um aporte de Ca e Mg, no mínimo, 3 cmolc/dm³.
NC (t/ha) = 3 x Al x f  (1)
NC (t/ha) = 2 x [3-(Ca²+Mg²)] x f  (2)
f = fator de correção do PRNT do calcário utilizado. As recomendações de calagem são para um calcário que tenha 100% de PRNT. Quando o calcário comprado não tem este valor de PRNT deve-se fazer a correção. Logo se usa f= 100/PRNT.
Calculada as duas fórmulas (1) e (2), utiliza-se, como recomendação, a dose mais elevada.
2) Método de saturação por bases (V%):
NC = (V2-V1) x T x f
T = capacidade de troca de cátions a pH 7,0
Para citros, o V2 deve ser de 70% na profundidade de 0-10 cm.
Modo de aplicação do calcário:
1) em pomares implantados, o calcário deve ser distribuído em toda área e incorporado através de gradagem superficial.
2) na implantação de pomares, o calcário deve ser distribuído em toda a área antes de ser feita a aração e a gradagem.
Quantidade de calcário por cova:
Pode-se, também, misturar parte do calcário à terra da cova.
Exemplo: tamanho da cova 40 cm x 40 cm x 40 cm (LxAxP)
40x40x40 = 64.000 cm³ = 0,064 m³
O volume de 1 ha na profundidade de 10 cm é:
10 cm = 0,1m ; 1 ha = 100 m x 100 m = 10.000 m²
10.000 m² x 0,1 m = 1.000 m³
Se a calagem recomenda 3.000 kg/ha, a quantidade por cova será:
Em 1.000 m³ --------- 3.000 kg
0,064 m³-------------------X----
X = 0,064 x 3.000 / 1.000 = 0,192 kg = 192 g/cova
Se o calcário usado tem um PRNT de 80% devemos fazer a correção do mesmo. f = 80/100 = 1,25
Então: 192 g x 1,25 = 237,5 g/cova
Utilização do gesso agrícola:
A acidez superficial apresenta alta saturação por Al³, e baixos teores da Ca² nas camadas mais profundas. Isto limita o desenvolvimento radicular da árvore. O recomendado é a utilização de gesso agrícola para corrigir a acidez superficial, pois há uma percolação, junto com a água das chuvas, dos íons Ca² e SO4². Pesquisadores, como Alvarez, indicam o uso de gesso na proporção de 25% da necessidade de calcário. Se for recomendado 4 t/ha de calcário, usa-se 1 t/ha de gesso agrícola para a camada de 10 cm. Como se busca melhorar as condições do solo até a profundidade de 40 cm, a quantidade de gesso será de quatro vezes mais, ou seja, 4 t/ha. Entretanto, em solos com menos de 20% de argilas de baixa reatividade e com baixos teores de matéria orgânica, a quantidade de gesso não deve ultrapassar 2.000 kg/ha.