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terça-feira, 27 de março de 2012

Campanha de Recolhimento das Embalagens Vazias de Agrotóxicos

Por que o Ministério da Agricultura e o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev) estão realizando uma campanha educativa para alertar os agricultores sobre a necessidade de dar destino às embalagens vazias de agrotóxicos?
Porque a Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal (NR-31), de 04.03.2005, que regula as atividades no campo, preconiza uma série de

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Defensivos Genéricos Serão Regulamentados

O projeto de lei 190/2010 do ex-senador Heráclito Fortes, cuja proposta é a regulamentação dos defensivos genéricos, foi aprovado pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado. O projeto inclui na Lei 7.802/89, a Lei dos Agrotóxicos, o conceito de defensivo genérico. Os defensivos agrícolas que estão sob patente são produtos exclusivos e protegidos por um período.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Como Armazenar as Embalagens de Agrotóxicos

A NR-31 preconiza uma série de normas a serem tomadas na atividade rural. Empregadores rurais ou equiparados são responsáveis no cumprimento destas normas, junto aos seus trabalhadores. No ítem "Agrotóxicos", a NR-31 é muito abrangente determinando regras que devem ser levadas em conta no manuseio destes produtos, a fim de evitar danos à saúde das pessoas, dos animais, e riscos ao meio ambiente. Já comentamos vários assuntos, como: transporte de agrotóxicos, manuseio - antes, durante e após a aplicação dos produtos, lavagem e destino das embalagens vazias, intoxicações causadas pelos agrotóxicos. Vamos abordar agora o tema "Armazenagem dos Agrotóxicos".
Os produtos adquiridos não podem ser armazenados "a céu aberto", ou junto com alimentos e medicamentos. Os agrotóxicos devem ser armazenados em depósitos, distantes 30 metros de casas, alojamentos e refeitórios, com piso cimentado, telhado sem goteiras, e fechados à chave. O produtor rural não deve estocar grandes quantidades, e os produtos devem ser mantidos fechados nas embalagens, enquanto os restos de produtos devem ser guardados nas embalagens originais. As embalagens são mantidas sobre estrados, guardando uma distância das pilhas de 50cm das paredes e de 1 metro do teto. O depósito deve ser bem ventilado e possuir chuveiros para a higiene dos empregados após as aplicações, e chuveirinhos para a lavagem dos olhos. Os produtos, no depósito, devem ser separados por classe toxicológica: extremamente, altamente, moderamente, pouco tóxicos. Deve ser apontado, em cada pilha, o prazo de validade dos produtos.
Acessando o link abaixo, o leitor poderá obter maiores informações sobre este assunto.

Armazenagem dos agrotóxicos

OUTROS ASSUNTOS SOBRE AGROTÓXICOS
Exposição direta e indireta aos agrotóxicos
Cuidados no transporte de agrotóxicos
Cuidados na aplicação dos agrotóxicos
Intoxicações por agrotóxicos - parte I
Intoxicações por agrotóxicos - parte II
Importância dos equipamentos de proteção - EPI's

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Prevenindo Intoxicações Pelos Agrotóxicos

Todos sabemos que o uso de  agrotóxicos, em desacordo com as regras de proteção, causam danos aos homens e animais (intoxicações e doenças), e ao meio ambiente (poluição de fontes de água). Segundo à classificação toxicológica, os agrotóxicos são conhecidos como extremamente (faixa vermelha), altamente (faixa amarela), medianamente (faixa azul), e pouco tóxicos (faixa verde). O que diferencia as faixas é a dose DL, que significa a dose capaz de matar uma pessoa adulta. Nos extremamente tóxicos, a dose DL é menor que 5 mg/kg ou seja, uma pitada, ou algumas gotas são suficientes para matar uma pessoa adulta.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Aplicação de Agrotóxicos - Regras Importantes

Na aplicação de agrotóxicos, existe uma série de cuidados especiais aos equipamentos e regras importantes de proteção pessoal. Os agrotóxicos são produtos que, quando mal manuseados, sem conhecimento, sem treinamento, sem responsabilidade, podem causar problemas à saúde dos trabalhadores, animais, e riscos ao meio ambiente. Nas lavouras infestadas de pragas e doenças, eles são importantes para minimizar as perdas de produtividade das plantas. Mas, para isto, devem ser aplicados corretamente, obedecendo normas e diretrizes, conforme preconiza a NR-31. Os equipamentes devem ser mantidos em bom estado de conservação, sujeitos às revisões periódicas, troca de peças com defeito.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Lavagem e Destino Final das Embalagens Agrotóxicos

Um cuidado muito especial com as embalagens de agrotóxicos devem ter os empregadores e trabalhadores rurais. Como são produtos tóxicos podem contaminar pessoas, animais e causar sérios danos à saúde e ao meio ambiente. Jogar, após as aplicações na lavoura, as embalagens usadas nos rios, lagos, vão causar danos à saúde das pessoas, dos animais, além de comprometer o meio ambiente. Quem o faz, está agindo com uma irresponsabilidade sujeita à multas e processos judiciais. Os agrotóxicos são usados para combater pragas e doenças das culturas, de modo a criar condições para uma melhor produtividade das lavouras. Mas devem ser usados com cuidado para evitar contaminações. Estes cuidados começam na hora da compra, no transporte, no armazenamento das embalagens, no preparo da calda, durante e após a aplicação, na lavagem das embalagens utilizadas e no destino final das embalagens vazias. Você sabia que o produtor tem que devolver as embalagens vazias até um ano após a compra? Que as embalagens vazias devem ser entregues limpas no local indicado pelo revendedor, ou seja, de quem o produtor comprou o produto?
Por que lavar as embalagens de agrotóxicos?
Se faz por Segurança (proteger pessoas e animais), para proteger a natureza (Meio Ambiente), e por Economia (aproveitamento até a última gota.
Quais os tipos de lavagens?
Existe a Tríplice Lavagem e a Lavagem por Pressão.
Tudo isto você pode conhecer melhor acessando o link abaixo:

E lendo os artigos abaixo:

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Coleções Agro - Fertilidade do Solo e Agrotóxicos

Estamos disponibilizando a série "Col.Agro" versando sobre assuntos ligados à fertilidade do solo e agrotóxicos. Dentro da Fertilidade do Solo, assuntos como, calcular a necessidade de calagem, coleta de amostra de solo, cálculo da dosagem da vinhaça, elevar os níveis de P no solo, manter ou aumentar a relação Ca/Mg, etc. Com referência aos Agrotóxicos, assuntos ligados ao transporte, destino das embalagens vazias, aplicação dos agrotóxicos, utilização dos equipamentos de proteção individual - EPI's, primeiros socorros, etc. Os artigos estão em ppt e poderão ser vistos em tela cheia, acessando "menu" e selecionando "fullscreen". Abaixo, os links que direcionarão a quinze assuntos.

COL.AGRO SOBRE AGRICULTURA

Col.Agro 1 - Cálculo da necessidade de calagem
Col.Agro 2 - Como calcular a dosagem de vinhaça
Col.Agro 9 - Transformar o teor de K do solo em K20
Col.Agro 10 - Coleta de amostra de solo
Col.Agro 12 - Ca e Mg adicionados pelo calcário
Col.Agro 13 - Como manter ou aumentar a relação Ca/Mg
Col.Agro 14 - Interpretação da análise do solo
Col.Agro 15 - Benefícios do calcário agrícola

COL.AGRO SOBRE AGROTÓXICOS

Col.Agro 3 - Equipamentos de proteção individual - EPI's
Col.Agro 4 - Transporte de agrotóxicos
Col.Agro 5 - Armazenagem dos agrotóxicos
Col.Agro 6 - Aplicação de agrotóxicos
Col.Agro 7 - Lavagem das embalagens vazias de agrotóxicos
Col.Agro 8 - Intoxicações por agrotóxicos
Col.Agro 11 - Primeiros socorros em agrotóxicos

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Tipos de Lavagem das Embalagens Vazias de Agrotóxicos

Um assunto que merece atenção e cuidado por parte dos agricultores diz respeito às embalagens vazias de agrotóxicos. Aquela prática de abandoná-las, após o uso, na lavoura, perto de fontes de água, ao contato de crianças, animais e os próprios empregados, não pode ser mais utilizada sob pena de causar sérios riscos à saúde humana, aos animais e à contaminação do meio ambiente. É necessário que o empregador e os empregados se conscientizem dos cuidados que devem tomar antes, durante e após as aplicações: e, neste contexto, as embalagens usadas são uma prioridade quando se busca o uso eficiente e sem perigo tanto na utilização dos agrotóxicos como com qualquer produto perigoso. Deve o empregador seguir as instruções do técnico responsável, bem como orientar, fiscalizar e treinar seus empregados no manuseio dos agrotóxicos.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Os Cuidados no Transporte de Agrotóxicos

Quem transporta agrotóxicos tem uma árdua missão: adotar medidas preventivas para evitar acidentes ou diminuir os riscos de acidente e ainda cumprir as obrigações conforme a lei de transporte de produtos perigosos. O desrespeito à legislação ocasiona multas tanto ao que vende como àquele que transporta. O agricultor na hora da compra deve se informar, junto ao revendedor, das características e perigos causados pelos produtos que transporta. Em suma, o agricultor precisa saber:
1. quais os cuidados no transporte do produto;
2. se a nota fiscal está corretamente preenchida conforme a legislação de transporte de produtos perigosos;
3. se a "ficha de emergência" e o "envelope para transporte" acompanham a nota fiscal;
4. se os produtos estão dentro dos "limites de isenção".
Grupo I - tóxicos - até 5 kg ou litros;
Grupo II - tóxicos - até 50 kg ou litros;
Grupo III - Nocivos - até 100 kg ou litros.
Se a carga estiver acima do limite de isenção, o transporte deverá ser feito por uma empresa preparada e habilitada para cumprir a legislação. Além disto, o veículo deverá levar rótulos de riscos, placas de segurança, e um kit de emergência contendo equipamentos de proteção, cones, pá, ferramentas, placas de sinalização, lanterna, etc.
No transporte de pequenas quantidades, o veículo mais apropriado é uma caminhonete e os produtos protegidos por uma lona impermeável presa à carroceria. O transporte de agrotóxicos é proibido dentro da cabine ou na carroceria, junto às pessoas, animais, ração e medicamentos. A altura da carga deve ser igual a altura da carroceria. Um "cofre de carga" pode ser usado para guardar pequenos volumes, ou que apresentem fragilidade. Revisar a carroceria para ver se não tem pregos ou outros materiais cortantes que causem danos às embalagens. Produtos com resíduos ou vazamento, embalagens rompidas, não podem ser transportados. É proibido o estacionamento do veículo junto a locais de aglomeração de pessoas e animais. Da mesma forma, é proibida a lavagem dos veículos transportadores de agrotóxicos em coleções de água. As embalagens assinaladas como "frágil" devem ser protegidas contra danos, rupturas e vazamentos.
Como proceder no caso de vazamentos ou acidente?
Isto é um assunto que ninguém quer passar, mas que pode acontecer. Neste caso, o veículo deve ser parado, e o motorista verificar o que aconteceu. Não acenda fósforo, não fume, não coma, não beba durante o processo de limpeza que deverá ser procedido. Antes, o motorista deve vestir o seu equipamento de proteção individual para depois sinalizar a área com cones, cordas, placas de sinalização - PERIGO. AFASTE-SE. A ficha de emergência deve ser verificada, seguindo as orientações nela contidas. O produto derramado deve ser estancado para evitar que atinja rios, córregos, a rodovia, e recolhido para descartá-lo em locais apropriados. A presença de pessoas, crianças, deve ser afastada. O revendedor deve ser contatado, e o veículo jamais abandonado, sem a presença da pessoa habilitada.
Fonte consultada e imagens aqui mostradas - ANDEF - Associação Nacional de Defesa Vegetal.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

A Importância dos Equipamentos de Proteção para Agrotóxicos

Os agrotóxicos, se não forem bem manejados, podem causar uma série de problemas ao homem, aos animais e ao meio ambiente. Todo cuidado e medidas preventivas, adotadas no trabalho diário com estes produtos, são condições primordiais para uma aplicação correta dos produtos. A NR-31, norma que regulamenta as atividades do empregador e empregados, no campo, é bem rígida no aspecto de utilização dos agrotóxicos. O produto tóxico pode contaminar o homem e animais, através da pele, olhos, nariz (respiração) e boca. A Legislação Trabalhista prevê que todo o trabalhador que lida com estes produtos deve estar protegido, utilizando vestimentas especiais, que protejam todo o corpo. Estes protetores são chamados de Equipamentos de Proteção Individual - EPI'S. Todo o trabalhador deve ter o seu EPI

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Exposição Direta e Indireta aos Agrotóxicos

A NR – 31, “Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura” foi aprovada pela Portaria No. 86 de 03.03.2005, publicada no Diário Oficial da União em 04.03.2005.
Esta NR-31 obriga os empregadores rurais e equiparados, inclusive os constituídos sob a forma de microempresa ou empresa de pequeno porte.
A NR-31 tem como objetivo estabelecer normas a serem observadas na organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura com a segurança e saúde e meio ambiente do trabalho. Se aplica a quaisquer atividades, no campo, relacionadas acima, verificadas as formas de relação de trabalho e emprego e o local de atividades.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Agrotóxicos - Lembretes Importantes

Destino final dos resíduos.

O preparo da calda deve ser planejado para que, após a aplicação, não sobrem resíduos, a fim de evitar desperdícios e sobras. Mas, apesar de todos os cuidados, ou quando o agricultor resolve preparar a calda sem a orientação de um técnico responsável, sempre há casos de sobras de produto; nestes casos, como proceder? O volume de calda que sobrar (o recomendado é que sobre um pequeno volume) deve ser diluído em água e aplicado nas bordaduras da área tratada e nos carreados; se o produto for um herbicida, não o repasse nas áreas tratadas, pois poderá causar fitotoxicidade. Os restos dos produtos não devem ser jogados em fontes de água – rios, lagos, etc – na estrada, ou em áreas de preservação permanente, ou perto das residências e locais dos animais. Tratando-se de produtos concentrados, o mesmo deve ser mantido na embalagem original; fechar bem a embalagem e certificar-se que assim o foi feito; após armazená-la em lugar seguro.

Produto que está vencido ou impróprio para a comercialização.
Os agrotóxicos, geralmente, têm um prazo de validade de 2 a 3 anos. Isto é tempo suficiente para serem aplicados na lavoura e serem comercializados. Mas a compra de grandes quantidades, errar na rotação de estoque, poderá fazer com que os produtos fiquem com o prazo de validade vencido; caso isto aconteça, o produtor agrícola deve consultar o fabricante no telefone que aparece no rótulo; ou o revendedor para o caso de devolução ou destino das embalagens.

Cuidados no vestir e retirar os EPI’s.
É importante a série de cuidados que devem ser tomados quando se usam produtos químicos tóxicos. O uso de uma manipulação correta dos agrotóxicos evita uma série de transtornos prejudiciais à saúde humana, dos animais e riscos ao meio ambiente. Usando cuidados corretos no manuseio e manipulação dos agrotóxicos minimizam-se bastante estes riscos. Entretanto, muitas vezes, o empregador e trabalhadores estão conscientes dos cuidados a serem tomados; os fazem corretamente; mas no final da aplicação, na hora de se despir dos equipamentos de proteção há um descuido; e os trabalhadores são expostos diretamente à contaminação pelo produto. Sabemos que podemos ser contaminados através dos olhos, nariz, boca e pele. E a retirada dos equipamentos de proteção sem uma sequência ideal pode contaminar o aplicador. A retirada dos equipamentos de proteção individual – EPI’s obedece a uma ordem que deve ser fiscalizada e orientada pelo empregador aos seus trabalhadores.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Agrotóxicos - Prevenindo-se das Intoxicações

O risco de intoxicação é em função da toxicidade do produto e do tempo de exposição. Uma substância química capaz de causar toxicidade, o seu efeito é chamado “risco de intoxicação”. Todas as substâncias químicas são tóxicas e a toxicidade depende da dose e da predisposição do organismo exposto a elas. Quanto menor a dose de um produto, maior é o seu efeito tóxico. Como não se pode mudar a toxicidade de um produto, a solução é submeter o aplicador ao menor grau
de exposição. Por isto, o trabalhador deve usar os equipamentos de proteção individual – EPI’s, manusear os produtos com cuidado, usar equipamentos de aplicação calibrados corretamente e em bom estado de conservação. Muitas vezes, a intoxicação é causada por erros na manipulação dos produtos: acontece quando os trabalhadores não são devidamente treinados no transporte dos produtos, no uso e armazenagem dos mesmos, no preparo da calda, na aplicação, no destino das embalagens vazias; não são bem orientados e chamados à responsabilidade quanto à manipulação dos agrotóxicos. Os agrotóxicos são importantes no controle de pragas e doenças. Sua manipulação correta minimiza os acidentes sérios à saúde e ao meio ambiente. Para isto deve-se seguir os seguintes conselhos:
1) Ler o rótulo do produto e seguir as instruções da bula; aqui estão inseridas todas as informações do fabricante a respeito de cada produto: manuseio, destino das embalagens vazias, primeiros socorros, EPI’s. É dever do trabalhador ler os rótulos e bulas dos produtos que vão ser utilizados. Em primeiros socorros, o conhecimento do produto usado é importante no auxílio ao médico no controle da intoxicação e uso do antídoto específico.



Os rótulos possuem pictogramas que são sinais gráficos, de cunho internacional, de comunicação visual, para que sejam entendidos por qualquer pessoa, mesmo que não saibam ler. Visam proteger a saúde das pessoas e o meio ambiente.


2) As bulas possuem, também, informações: cuidados no manuseio e na aplicação de produtos químicos destinados à lavoura: instruções de uso, armazenagem, transporte, modo e época de aplicação, período de reentrada, período de carência, telefone de emergência do fabricante, etc.

Os trabalhadores devem ser informados, pelo empregador, sobre o uso do produto no que concerne aos seguintes aspectos:
- área tratada: características das áreas, localização e tipo de aplicação, equipamento de proteção que deve ser usado;
- nome do produto: é importante saber o nome do produto ou seu princípio ativo, pois auxilia ao médico nos cuidados ao intoxicado;
- classificação toxicológica;
- data e hora da aplicação;
- intervalo de reentrada: as áreas recém tratadas têm restrições para a entrada nelas; estas áreas devem ser sinalizadas, informando o período de reentrada: é o período após a aplicação que não é permitida a entrada de pessoas. Caso haja necessidade de entrar nestas áreas, a pessoa deve estar protegida com o EPI. A NR-31 exige uma sinalização da área tratada; nas pulverizações aéreas, é proibida a entrada e permanência na área a ser tratada.
- período de carência: também chamado “intervalo de segurança”; é o período em dias entre a aplicação e a colheita; durante este período é proibido realizar a colheita dos produtos agrícolas. Isto garante que o produto colhido não contém resíduos tóxicos que venham a prejudicar os consumidores.
- medidas de proteção aos trabalhadores em exposição direta e indireta;
- em caso de intoxicação, informar as providências que devem ser tomadas.

Todo o aplicador, seja em aplicação na lavoura ou manuseio do produto agrotóxico, deve estar sempre protegido com o seu respectivo equipamento de proteção – EPI. Os manuais dos equipamentos de aplicação devem ser guardados em lugar de livre acesso aos trabalhadores; estes devem receber instruções sobre o conteúdo destes manuais.
A NR-31 obriga os trabalhadores a realizarem exames médicos periodicamente; o empregador é o responsável pela execução desta medida.
Fonte: ANDEF

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Agrotóxicos - Primeiros Socorros

Primeiros socorros são os cuidados que devem ser dispensados às vítimas por pessoas treinadas para tal – “os socorristas”. É importante que um ou mais trabalhadores, numa grande propriedade, sejam treinados em primeiros socorros.
Existem tabus ou preconceitos que devem acabar como, por exemplo, que o leite é um bom antídoto contra o envenenamento por agrotóxicos.
No meio rural, a distância aos hospitais geralmente é muito grande. Daí a necessidade do primeiro atendimento do acidentado no local de trabalho. Muitas vezes, um socorrista precisa transportar a vítima para um hospital.
Geralmente, os casos de contaminação são resultados de erros cometidos durante o manuseio ou aplicação de agrotóxicos, pelo não uso de equipamentos de proteção, e são causados por falta de informação ou negligência do operador. Isto é, o operador é treinado para usar os equipamentos e na hora, por preguiça, não os utiliza.

Nos primeiros socorros às vítimas devem ser tomadas as seguintes medidas:
· remova a vítima para local arejado protegendo-a do calor e do frio;
· verificar o produto que, provavelmente, causou a intoxicação;

· se a vítima estiver desmaiada, mantê-la deitada com a cabeça virada de lado;

· não dar nenhum tipo de bebida para a vítima, inclusive leite;

· nunca provoque vômitos sem antes verificar se tal procedimento é permitido para o produto utilizado;

· não provoque vômito e nem dê nada por via oral a uma pessoa desmaiada;

· em caso de contato com a pele, lave as partes atingidas com bastante água e sabão e se aparecer sinais de irritação procure um médico;

· se há contaminação dos olhos, lavá-los com bastante água e procure um médico aos primeiros sinais de irritação;

· se ocorrerem convulsões, evitar que a vítima morda a língua e se machuque;

· massagem cardíaca, lavagem gástrica e ventilação artificial somente devem ser feitas por pessoas treinadas;

· leia e siga as instruções dos rótulos e bula;

· mantenha o paciente calmo e confortável;

· dê banho e vista roupa limpa na vítima, levando-a para um hospital;

· remova a vítima para local arejado protegendo-a do calor e do frio;

· apresente ao médico, a embalagem, rótulo, bula, folheto explicativo ou receita;

· antídotos só devem der ministrados por pessoas qualificadas.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Agrotóxicos - Os Períodos de Reentrada e Carência

Na aplicação de agrotóxicos é muito importante levar em conta os períodos de Reentrada e de Carência. A não observância destes dois períodos pode causar severos prejuízos para a pessoa humana em relação à saúde. É responsabilidade do empregador rural informar e treinar os trabalhadores sobre o uso de produtos fitossanitários. Mas os trabalhadores também têm responsabilidades na leitura de rótulos e bulas dos produtos antes de manuseá-los.

Período ou intervalo de reentrada: é aquele período após a aplicação do produto em que é vedado a entrada de pessoas na área tratada, sem o uso de equipamento de proteção individual - EPI adequado. O empregador deve sinalizar as áreas tratadas informando o período de reentrada. A NR-31 exige que haja uma sinalização para a área tratada. A entrada de pessoas, sem estar protegida com um EPI, será propícia para as intoxicações pois a contaminação pelos produtos se dá através dos olhos, nariz, boca e pele. A bula e o rótulo do produto dão indicações relativa ao período de reentrada, ou seja o número de dias que não é permitida a entrada de pessoas nas áreas que foram tratadas com agrotóxicos.

Período de carência: é o número de dias que deve ser respeitado entre a última aplicação e a colheita. Este período está descrito no rótulo e bula do produto. Isto é importante para garantir que o alimento colhido não contenha resíduos acima do limite máximo permitido. Esta prática deve ser encarada com grande seriedade e responsabilidade pelos produtores pois se isto não acontecer os prejuízos para o consumidor, em relação a sua saúde, serão intoleráveis. Cada produto, pelo seu princípio ativo, tem um período de carência próprio e que deve ser levado em consideração. E cabe ao empregador rural e aos trabalhadores observarem este fato a fim de evitar serem chamados à responsabilidade pela fiscalização e por ações judiciais.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Agrotóxicos - Cuidados no transporte

Quem transporta agrotóxicos deve adotar uma série de medidas preventivas para evitar ou diminuir riscos de acidentes e cumprir o que determina a Legislação de transporte de produtos perigosos.
Quem não respeitar as Leis sofrerá multas, tanto o que vende como aquele que transporta.
O agricultor na hora da compra junto ao comerciante deve se precaver de medidas visando obter informações referentes ao produto que está transportando.
1. perguntar se é necessário algum cuidado especial no transporte do produto adquirido;
2. se a Nota Fiscal está corretamente preenchida de acordo com a regulamentação no transporte de agrotóxicos;
3. se a Ficha de Emergência e o Envelope para o Transporte estão acompanhando a Nota Fiscal. Esta ficha é importante no caso de acidente;
4. se os produtos estão dentro dos limites de isenção;
“Se a quantidade de agrotóxicos estiver acima dos limites de isenção, o transporte deverá ser realizado por transportador habilitado e preparado para cumprir a legislação (curso). Além disto, o veículo deverá levar rótulos de risco e painéis de segurança. Afora isto, um “ Kit de Emergência “ contendo Equipamentos de Proteção Individual- EPIs, cones, placas de sinalização, lanterna, pá, ferramentas, etc”.
5.
em pequenas quantidades de agrotóxicos, o transporte recomendado é a utilização de veículos tipo caminhonete. Os produtos transportados devem estar cobertos por lona impermeável e presos à carroceria do veículo;
6. é proibido transportar agrotóxicos dentro da cabine ou na carroceria junto com alimentos, rações, pessoas e animais:
7. o limite da altura da carga não deve ultrapassar a altura da carroceria:
8. um "cofre de carga" pode ser usado para o transporte de quantidades, separando-o das outras cargas;
9. embalagens com resíduos ou vazamentos não devem ser transportadas;
10. evitar que o veículo de transporte tenha pregos e parafusos sobressalentes pois podem perfurar as embalagens provocando derramamento;
11. não estacionar o veículo junto às casas ou locais de aglomeração de pessoas e animais;
12. é vedada a lavagem de veículos transportadores de agrotóxicos em coleções de água;
13. as embalagens marcadas como "FRÁGIL" serão protegidas contra danos,rupturas e vazamentos.

EM CASOS DE VAZAMENTO E/OU ACIDENTE:

a. parar imediatamente o veículo e verificar o que está acontecendo;
b. não fume, não acenda fósforo, não coma, e não beba durante o processo de limpeza;
c. usar equipamento de proteção individual – EPI;
d. sinalize e isole a área com cones, fita/corda e placas com a advertência – “PERIGO. AFASTE-SE";
e. siga as orientações da Ficha de Emergência;
f. estanque o produto com terra para que não atinja rios, lagos, outras fontes de água, rodovia, etc. Se for necessário cavar uma canaleta ou levante um dique para conter o derrame de produto;
g. recolha o produto derramado para ser feito o descarte em locais apropriados;
h. não permita a presença de outras pessoas no local – (curiosos);
i. contate o revendedor;
j. não deixe o veículo sozinho;
k. leve sempre dispositivos de sinalização.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Intoxicações por Agrotóxicos - Parte II

Na parte I apresentamos a classificação dos agrotóxicos quanto às classes toxicológicas, quanto ao DL 50, segundo o tipo de pragas e doenças, classificação química, os tipos de intoxicações e os sinais e sintomas das mesmas. Vimos o quanto é importante uma tomada de consciência por parte dos empregadores e trabalhadores a fim de evitar sérios problemas de intoxicações aos que lidam com os produtos e a outras pessoas, animais e danos ao meio ambiente. As responsabilidades são tanto dos empregadores como dos trabalhadores, aqueles que utilizam o produto em todas as fases: preparo da calda, aplicação, armazenamento, transporte, cuidados com as embalagens vazias, etc... Para visualizar a Parte 1, acesse "Intoxicações por Agrotóxicos - Parte 1"

Segundo Pereira (tese ECA/USP - 2003) existem 8 causas importantes relacionadas com a intoxicação por agrotóxicos e que vou comentá-las:
1. falta de treinamento dos trabalhadores. Este é um problema muito sério pois aqueles que lidam com os produtos devem estar bem preparados e conhecerem desde as características dos produtos até a prestação de primeiros socorros aos intoxicados quando necessário. A NR-31 é taxativa nisto e uma das normas é o treinamento de pessoal em cursos de no mínimo 20 hs patrocinados pelos empregadores;
2. não utilização de equipamentos de proteção individual –EPIs. É muito importante o uso dos equipamentos de proteção individual e cabe aos empregadores ceder e fiscalizar a utilização dos mesmos. Os EPI's devem ter certificado de garantia fornecido pelo Ministério do Trabalho;
3. não uso do Receituário Agronômico. A recomendação dos produtos deve ser feita por um técnico responsável que indicará os mesmos, dosagem e modo de aplicar. A aplicação de produtos não recomendados trazem sérios prejuízos à população humana pois deve ser observado o "período de carência" para cada cultura;
4. uso excessivo do produto. Além de onerar os custos da produção serão tóxicos para as plantas;
5. uso de produtos proibidos. Somente devem ser aplicados produtos registrados e que seja permitido o seu uso. Daí a importância do receituário agronômico;
6. presença de crianças e adolescentes. Esta é uma das responsabilidades de quem prepara a calda, aplica o produto, lida com embalagens, de não permitir a presença de crianças e todas as pessoas que não fazem parte da atividade e que não estejam usando o EPI;
7. não fiscalização da aviação agrícola;
8. ausência de articulações governamentais. Hoje em dia existe uma maior fiscalização pelo Ministério do Trabalho no cumprimento de normas estabelecidas pela NR-31 com notificações aos empregadores que não as cumprem e que não assumem a responsabilidade.
Procedimentos no caso de intoxicações:
Os trabalhadores encarregados de lidar com agrotóxicos devem ter noções de primeiros socorros às vítimas de intoxicação. Enquanto aguardam o socorro médico devem tomar as seguintes providências de imediato:
1. afastar o acidentado dos locais ou fontes de contaminações, inclusive tirar as roupas contaminadas ou usadas durante o trabalho;
2. lavar com bastante água e sabão as partes do corpo atingidas pelo produto;
3. a pessoa que estiver socorrendo o acidentado deve usar luvas caso precise manusear objetos e roupas contaminadas. Lembre-se que uma das vias de contaminação é a pele;
4. providenciar o atendimento médico de imediato. Informar qual o produto que estava sendo usado e seu princípio ativo;
5. providenciar o preenchimento da Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT Rural, para garantir a cobertura junto ao INSS.
Como prevenir acidentes com agrotóxicos
Todas as pessoas que lidam com agrotóxicos devem ser treinadas para o seu uso e aplicação correta e segura. O uso de vestimentas e equipamentos de proteção para cada tipo de produto e de aplicação deverá ser obrigatório. O Engenheiro-Agrônomo que indicou o produto através do Receituário Agronômico deve incluir a orientação do uso de equipamento de proteção mesmo que na bula do produto já contenham informações gerais.
Ocorrendo sintomas de intoxicação durante o trabalho, a aplicação deve parar imediatamente. O trabalhador nunca deve estar sozinho no local de aplicação. É importante contar com a ajuda de um companheiro no caso de ocorrer sinais e sintomas de contaminação. O empregador deve manter perto do local de aplicação dos agrotóxicos, água potável, sabão e toalhas descartáveis em quantidades suficientes para a descontaminação. O empregador deverá, também, se responsabilizar pelo socorro imediato da vítima e outras providências.
Controle para o uso de agrotóxicos
1. exames médicos periódicos;
2. treinamento periódico sobre manipulação, uso e limpeza de embalagens, uso de equipamentos de proteção individual – EPIs;
3. informações sobre os produtos usados, sinais e sintomas de intoxicação;
4. fornecimento, pelo empregador, de equipamentos de proteção individual, limpeza e substituição dos mesmos;
5. instalações sanitárias com chuveiros e vestiários com armários;
6. local das refeições fora da área de aplicação dos produtos;
7. higiene pessoal antes das refeições;
8. formação de “aplicadores habilitados” treinados para esta finalidade;
9. exigência do receituário agronômico;
10. limitações da jornada de trabalho. Quanto mais tóxico o produto menor a jornada. Quanto menos tóxico maior a jornada;
11. manipulação segura das embalagens vazias – limpeza e devolução;
12. não utilizar a boca para desentupir bicos, válvulas, etc;
13. preparo da calda em lugares ventilados e com o uso dos equipamentos de proteção individual – EPI's;
14. não aplicar o produto nos horários mais quentes e contra o vento;
15. evitar a exposição direta de trabalhadores, crianças e animais não envolvidos na aplicação;
16. proibido fumar ou comer durante a aplicação do produto.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Intoxicações por Agrotóxicos - Parte I

Agrotóxicos são produtos químicos necessários ao controle de pragas e doenças das plantas e se não forem utilizados corretamente e se o trabalhador não se proteger com equipamentos de proteção, podem causar danos à saúde das pessoas e dos animais, e ao meio ambiente.
Os agrotóxicos podem entrar no organismo de quem os manuseia ou aplica, pela respiração, pela via digestiva e, principalmente, através da pele. As pessoas expostas aos agrotóxicos podem sofrer intoxicações agudas com efeitos imediatos, e intoxicações crônicas com efeitos a longo prazo.


Classificação dos Agrotóxicos:
A - Classificação quanto à classe toxicológica
Quanto ao grau de toxicidade, a classificação dos agrotóxicos é feita em 4 classes:
B. Classificação quanto ao DL 50
A DL 50 significa a dose suficiente para matar 50% de um lote de animais em estudo. Esta dose é estabelecida em função de cada via de absorção.


C - Classificação segundo o tipo de pragas e doenças:
Nome ............................................. Controle

Insericidas .................................. Insetos
Fungicidas.................................... Doença das plantas
Nematicidas ................................ Nematóides
Herbicidas ................................... Ervas daninhas
Raticidas ...................................... Ratos
Acaricidas.................................... Ácaros

D - Classificação química:

1. Organofosforados;
2. Carbamatos;
3. Organoclorados;
4. Piretróides;
5. Acido fenoxiacético

Tipos de intoxicação causada pelos Agrotóxicos:

1. Aguda
É aquela em que os sintomas surgem rapidamente, algumas horas após a exposição excessiva, por curto período, a produtos extremamente tóxicos (classe I ) e altamente tóxicos (classe II ). Pode ocorrer de forma leve, moderada ou grave, dependendo da quantidade de veneno absorvida. É a mais fácil de ser diagnosticada.

2. Subaguda
A intoxicação subaguda ocorre pr exposição moderada ou pequena a produtos altamente tóxicos (classe II ) e medianamente tóxicos (classe III ) e tem aparecimento mais lento.

3. Crônica
Caracteriza-se pelo surgimento tardio, em meses ou anos, por exposição pequena ou moderada a um agrotóxico ou a vários agrotóxicos. Vai depender das características do produto, do indivíduo e das condições de exposição.

Vias de contaminação pelos Agrotóxicos
Os organofosforados e os carbamatos controlam insetos, larvas e fungos. Os organofosforados são os maiores responsáveis pelo maior número de intoxicações. Os organofosforados e carbamatos podem ser absorvidos pela pele, por ingestão ou por inalação.
A absorção pela pele é maior naqueles indivíduos que aplicam o produto em pulverização ou quando lidam nas plantações após a aplicação do agrotóxico.
A absorção por via respiratória ocorre em pessoas que fazem pulverizações não respeitando os meios de proteção, ou seja, operando o equipamento contra o vento e sem usar uma máscara. A inalação ocorre, também, no uso doméstico sob a forma de aerossóis.
A absorção oral se dá pela boca naqueles indivíduos que não tomam preucações quando manuseiam e aplicam os agrotóxicos; comem, bebem, fumam.

Sinais e Sintomas provocados pela intoxicação por Agrotóxicos
Os sinais e sintomas da intoxicação são:
· visão turva;
· sudorese – suor abundante;
· tosse;
· aumento da secreção dos brônquios;
· náuseas, vômitos, cólicas, incontinência urinária e fecal, diarréias;
· cãimbras, dores musculares;
· hipertensão, taquicardia, tremores;
· ansiedade, dores de cabeça que não cedem à aplicação de analgésicos comuns, tontura, confusão mental, perda de memória, convulsões.

Nos organoclorados, os sinais e sintomas podem aparecer logo após o acidente ou em 24 horas. O exame do teor de resíduos no sangue confirma a exposição aos organoclorados. O importante é a concentração de resíduos no sangue para confirmar a intoxicação. Nos organoclorados para detectar a intoxicação é feito o exame do nível da enzima “colinesterase” no corpo. Teores baixos indicam intoxicações graves.
Os piretróides, embora pouco tóxicos provocam irritações nos olhos e mucosas causando alergias de pele (coceira intensa, manchas), ataques de asma brônquica (dificuldades para respirar, obstrução nasal, espirros).  Este artigo conclui na Parte II. Para visualizar clique aqui

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Cuidados na aplicação dos Agrotóxicos - Parte II

Durante as etapas de preparo, aplicação e pós aplicação o trabalhador deve seguir uma série de passos tão importantes para a sua proteção e de outras pessoas, animais, fontes de água e meio ambiente como um todo.

Cuidados nas aplicações:A – Cuidados antes das aplicações:· a manipulação do produto deve ser feita ao ar livre;
· mantenha o rosto afastado e evite inalar o produto;
· verifique se os equipamentos estão em perfeitas condições;
· use equipamentos de proteção individual – EPIs tanto na manipulação como na aplicação de produtos;
· após a manipulação, todo o EPI deve ser recolhido, descontaminado e guardado limpo.

B – Cuidados durante as aplicações;· não pulverizar árvores estando debaixo delas;
· não aplique agrotóxicos em locais onde estiverem pessoas ou animais desprotegidos;
. não aplique agrotóxicos nas proximidades de fontes de água;
· não fazer aplicações contra o sentido do vento.

C – Cuidados após as aplicações:
· respeite o intervalo entre as aplicações;
· respeite o período de carência;
· não lave os equipamentos de aplicação em riachos, lagos, rios, açudes e outras fontes de água;
· evite o escorrimento da água de lavagem dos equipamentos para locais usados por pessoas e animais;
· tomar banho com bastante água e sabão;
· lavar os equipamentos de proteção diariamente.

Período de carência:Também chamado "Intervalo de Segurança". O período de carência é o número de dias entre a última aplicação do produto agrotóxico e a colheita. Deve ser respeitado este prazo para evitar que os alimentos colhidos fiquem com resíduos e venham causar prejuízos às pessoas e aos animais. Por exemplo, se numa cultura a última aplicação do produto foi em 1º de março e a carência é de 10 dias, a colheita só poderá ser realizada após 13 de março.
É ilegal a comercialização de produtos destinados à alimentação que apresentem resíduos além do permitido pelo Ministério da Saúde. A colheita poderá ser apreendida e destruída. Além deste prejuízo, o agricultor poderá ser multado e submetido a processo judicial. Para evitar isto, o agricultor deve consultar um Engenheiro-Agrônomo que lhe indicará o melhor produto, período de carência e quais os equipamentos de proteção individual que deverão ser usados.

Aplicação aérea:A aviação agrícola é uma das mais modernas tecnologias de aplicação de agrotóxicos. Com a aviação agrícola é possível reduzir a quantidade de agrotóxicos. Além disto reduz em até 4 vezes o tempo de aplicação, com a vantagem de uma distribuição uniforme e não compacta o solo. Na aplicação motorizada há a desvantagem de compactar o solo.
1. é vedado a entrada e permanência de qualquer pessoa na área onde está sendo feita a pulverização aérea.

Higiene após a aplicação:A higiene feita habitualmente é importante para evitar contaminações. Os produtos químicos penetram no nosso corpo através da boca, pele, olhos e pela respiração. Roupas e equipamentos contaminados facilitam a absorção do produto pois estão em contato direto com a pele. Comer, beber e fumar durante as aplicações são outras formas de contaminação do produto através da boca pois as mãos estão contaminadas.
Procedimentos de higiene:
1) lave bem as mãos e o rosto antes de comer, beber e fumar;
2) lave as roupas usadas na aplicação separadas das roupas de uso pessoal da família;
3) tome banho, lavando bem o couro cabeludo, axilas, unhas, regiões genitais;
4) após o banho, use roupas limpas;
5) mantenha sempre a barba bem feita, unhas e cabelos cortados.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Cuidados na aplicação dos Agrotóxicos - Parte I

As lavouras estão sujeitas ao ataque de pragas, doenças, e plantas daninhas que se não forem controladas possibilitarão um decréscimo na produção, com prejuízos na colheita e ao produtor. Portanto, o sucesso deste controle depende da utilização de práticas corretas e uso adequado dos agrotóxicos.
Uma aplicação incorreta, além de “ botar produto fora “ poderá contaminar os trabalhadores e o meio ambiente.
Para garantir sucesso na colheita, o agricultor deve dar uma atenção especial aos equipamentos, adotando uma série de práticas:
1) manter os equipamentos sempre bem conservados. Isto além de poupar dinheiro com futuras manutenções permite que os mesmos funcionem de maneira correta;
2) fazer a revisão e manutenção periódica, substituindo mangueiras e bicos. Para manter a segurança dos trabalhadores a revisão e manutenção é muito imortante pois mangueiras quebradas causam desperdício da calda, além de provocar contaminação ao trabalhador e ao meio ambiente. Bicos mal regulados, sem funcionamento correto, acarretam pulverizações ineficientes e perdas de produto;
3) lave o equipamento após a aplicação e verifique o seu funcionamento. Os equipamentos devem ser lavados e testados logo após cada aplicação evitando a contaminação de outros trabalhadores, crianças e animais;
4) equipamentos com defeitos, vazamentos, devem ser descartados. É melhor substituí-los. Qualquer peça que apresente defeito deverá ser trocada. É preferivel trocá-las do que fazer remendos que poderão prejudicar a segurança do trabalhador, sua contaminação e casos graves de intoxicação;
5) ler o manual de instrução antes de usar. Muitos não gostam de ler manuais, mas é importante fazê-lo para um conhecimento completo do funcionamento do equipamento, suas revisões e manutenções;
6) saiba calibrar o pulverizador corretamente. Todo trabalhador deve ser treinado para saber lidar com o equipamento e saber calibrá-lo para obter uma perfeita aplicação e evitar perdas da calda;
7) não utilize pressão excessiva na bomba, pois poderá haver perda de calda. Aqui vai a importância de conhecer o manual para saber a pressão a ser usada bem como ler os rótulos dos produtos que dão as indicações corretas ;
8) use sempre água limpa para o preparo da calda. Para ter uma mistura homogênea não use água suja que contenha outros materiais que poderão prejudicar o funcionamento do equipamento e ocasionando o entupimento dos bicos;
9) nunca misture produtos incompatíveis. Use somente produtos que não dão problemas quando misturados. Leia o rótulo do produto que vai ser usado na aplicação e verifique com que substâncias ele é compatível.

Regras importantes de proteção pessoal na aplicação do produto:1) é vedado a manipulação de quaisquer agrotóxicos por menores de 18 (dezoito) anos, por maiores de 60 (sessenta) anos e por gestantes;
2) o empregador deverá afastar a gestante das áreas de exposição direta e indireta tão logo saiba desta condição;
3) é vedado a manipulação de agrotóxicos que não estejam registrados e autorizados pelos orgãos governamentais competentes;
4) é vedado a manipulação de quaisquer agrotóxico em desacordo com a receita e as indicações do rótulo e bula do produto;
5) usar equipamentos de proteção individual – EPIs, sempre que for aplicar os produtos;
6) evite aplicações nas horas mais quentes do dia para diminuir a evaporação do produto e facilitar o uso de vestimentas e equipamentos de proteção;
7) não aplicar o produto contra o vento e não caminhar entre as plantações recém-tratadas;
8) não coma, não beba, não fume, durante a aplicação;
9) não desentupa os bicos com a boca;
10) mantenha as pessoas afastadas da área após a aplicação. Observe o período de reentrada.

Cuidados no manuseio dos agrotóxicos:
O preparo da calda é uma operação que exige muitos cuidados para o homem e meio ambiente, pois os agrotóxicos são manuseados à altas concentrações. Em geral, por falta de informação, o preparo da calda é feito próximo à fontes de captação de água como poços, rios lagos açudes, etc. Geralmente ocorrem escorrimentos e respingos que atingem o trabalhador, a máquina, o solo e o sistema hídrico. E com isto, a contaminação está feita atingindo aqueles que usarão a água.

Prepaaro da calda:O preparo da calda poderá ser feito pela adição direta do produto no tanque, ou através de uma pré-diluição. Quando forem usados produtos líquidos, podem ser adicionados diretamente no tanque com a quantidade de água desejada.
Para os produtos Pó Molhável, é recomendado fazer a diluição seguindo estas etapas:
1) dissolver o produto em pequena quantidade de água agitando até a completa mistura do mesmo;
2) despejar no tanque contendo 2/3 do volume de água a ser utilizada. Agitar e completar com água o volume total;
3) quando usar mais de um produto, seguir as recomendações de cada produto, individualmente.

“PREPARAR SOMENTE A QUANTIDADE DE CALDA NECESSÁRIA À APLICAÇÃO DE UM DIA DE TRABALHO” .