Mostrando postagens com marcador adubos nitrogenados. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador adubos nitrogenados. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 29 de abril de 2021

Formas de Absorção do Nitrogênio (N) pelas Plantas

O nitrogênio (N) tem um papel importante no crescimento das plantas. Ele é o responsável pela formação da clorofila junto com o magnésio (Mg). A deficiência de clorofila provoca uma coloração amarelada ou verde-pálida nas folhas. O excesso de nitrogênio nas plantas provocar o ciclo vegetativo e diminuir a produção de grãos. Na decomposição dos resíduos vegetais, a presença do nitrogênio é importante porque se não houver

quinta-feira, 22 de abril de 2021

Como Ocorre a Acidificação do Solo

Os solos brasileiros são, em geral muito ácidos. Isto provoca uma limitação no desenvolvimento das culturas e, consequentemente, as produções por área são aquém das reais possibilidades da planta. E com isto, a disponibilidade de nutrientes para serem absorvidos pelas plantas é pequena. O Al³ e o Mn presentes nestes solos são tóxicos e prejudiciais às plantas. Chega-se a denominar o Al³ como "inimigo das plantas". A acidez diminui a população de micro-organismos do solo os quais são tão necessários na decomposição da matéria orgânica do solo. Nas leguminosas, a fixação simbiótica é diminuída em solos que apresentem um pH menor

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Solos Alcalinos - Como Baixar o pH.


A recuperação de solos alcalinos é mais difícil e leva mais tempo quando comparada à neutralização de solos ácidos. Segundo KIEHL (1979) a pluviosidade baixa acarreta o acúmulo de sais de Ca, de Mg, de K, e carbonato de sódio, de maneira a saturar o complexo coloidal, dando origem à alcalinidade dos solos. Estes solos são característicos das regiões áridas e semiáridas. Segundo o mesmo KIEHL, o solo torna-se alcalino quando a maior parte das cargas negativas dependentes de pH estão saturadas por bases. Estas desalojam o H+ que passa para a solução do solo. Portanto, as bases tomam conta da solução do solo.
Num solo alcalino, pH acima de 8, há a ocorrência de carbonato de cálcio e magnésio

terça-feira, 14 de abril de 2015

Os Vegetais Absorvem P2O5 e K2O ?


Esta é uma pergunta que muitos leitores fazem ou por quê os fertilizantes exprimem nas suas garantias que possuem tanto por cento de fósforo na forma de P2O5 ou tanto por cento de potássio na forma de K2O. Ora os fertilizantes não contêm P2O5 nem K2O. Por outro lado, a planta não absorve fósforo na forma de P2O5, nem potássio na forma de K2O. A legislação brasileira é quem usa P2O5 e K2O como uma forma de expressar as garantias destes nutrientes. É apenas do ponto de vista comercial. Na maior parte dos fertilizantes fosfatados, o fósforo se encontra na forma de fosfato de cálcio e fosfato de amônio, entretanto, no solo, as raízes das plantas absorvem o fósforo na forma de ortofosfatos, H2PO4- e HPO4²-, de acordo com o pH

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Recomendação de Zero de Nitrogênio na Soja é Colocada em Dúvida



Práticas agrícolas consagradas e recomendadas pela pesquisa estão sendo colocadas em dúvida. Uma delas é que mais nitrogênio (N) aplicado na soja garantiria melhores produtividades. A recomendação, até o momento, é que as leguminosas, como a soja, dispensam a aplicação de nitrogênio para o seu desenvolvimento. Porquê essas leguminosas têm a propriedade de fixar o nitrogênio do ar, através de um processo simbiótico realizado pelas bactérias fixadoras. A recomendação, para isso, é que os produtores inoculem as sementes de soja, com um inoculante específico que contém as estirpes que encarregar-se-ão de realizar o processo. Outra

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Alternativa para Aumentar a Eficiência da Absorção de Nitrogênio

Ureia recoberta com enxofre
O nitrogênio (N) é um dos principais nutrientes exigidos pelas plantas. As adubações nitrogenadas são muito utilizadas, tanto na hora do plantio como na cobertura. Estes fertilizantes são responsáveis por aumentarem o custo de produção da lavoura. Mas são necessários e importantes para fornecerem nitrogênio para as plantas.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

O Manejo dos Fertilizantes Nitrogenados Aumenta Eficiência no Solo


Uma das fontes de nitrogênio para o solo são as leguminosas. Estas espécies têm a propriedade de fixar o N do ar, através das bactérias do gênero Rhysobium que vivem em simbiose com as raízes das plantas. Na época de florescimento das leguminosas, elas devem ser cortadas e incorporadas ao solo. Existem bactérias fixadoras específicas para o feijão, soja, trevos, etc. Hoje já existem bactérias fixadoras para gramíneas como o milho, trigo. É a fonte mais barata de incorporar nitrogênio no solo, pois o

terça-feira, 5 de junho de 2012

Cobertura Nitrogenada no Espigamento Aumenta Produtividade do Trigo


Na região de Passo Fundo/RS um manejo diferenciado na lavoura de trigo foi o suficiente para aumentar a produtividade  em 15%. A técnica diferenciada consistiu em realizar mais uma adubação nitrogenada de cobertura no trigo na fase de espigamento. As recomendações de nitrogênio para a lavoura de trigo são de uma aplicação de 15 a 20 kg/ha de N na semeadura e o restante da adubação nitrogenada, de acordo com o teor de matéria orgânica no solo, feita entre os estádios de afilhamento e de alongamento. Este período é de

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Adubação Nitrogenada do Milho em Função da Palhada e do Solo

Quando se incorpora resíduos de culturas está se adicionando nutrientes no solo. No solos, a matéria orgânica é uma fonte de nitrogênio (N). Quando se incorpora resíduos do milho, em média, aproveita-se 30% do total de N da palhada para a cultura seguinte. Estima-se que para cada 1% de matéria orgânica do solo há uma disponibilidade de 20 kg/ha de N. A necessidade de nutrientes de uma planta menos a quantidade de nutrientes fornecida pelo solo nos dá o

terça-feira, 8 de maio de 2012

Mistura de Adubos Nitrogenados para Adubação em Cobertura


Qual a quantidade de uréia e de sulfato de amônio para adicionar 50 kg/ha de N?

Um agricultor quer aplicar 50 kg/ha de N, em cobertura na cultura do milho. Nosso exemplo é para aplicação em cobertura, mas esta mistura pode ser usada, também, no plantio. Ele tem na sua propriedade dois fertilizantes nitrogenados: a uréia agrícola com 45% de N, e o sulfato de amônio que possui 20% de N e comoo fonte de enxofre (S) . Para fins de aplicação dos produtos, ele deseja usar 200 kg/ha da mistura. A tônica é misturar as

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Neutralizar Acidificação do Solo Provocada pelos Adubos Nitrogenados

Os fertilizantes minerais são importantes para melhorar a fertilidade do solo e elevar a produtividade das culturas. A prova disto é que o consumo de fertilizantes minerais vem aumentando de ano para ano. Entretanto seu uso continuado tende a acidificar o solo, principalmente os nitrogenados, com o passar dos anos. Os adubos nitrogenados, como a uréia, o sulfato de amônio e outros, tendem a acidificar o solo pela liberação de H+ no solo.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Fertilizantes Nitrogenados de Liberação Controlada

No solo, o nitrogênio (N) encontra-se, na maior parte, nas formas orgânicas que são mineralizadas pela atividade dos microorganismos. O nitrogênio (N) é exigido pelas culturas em maior quantidade, em relação ao trio NPK. As recomendações de N, em kg/ha, baseiam-se na quantidade extraída pela cultura, e nas transformações que ocorrem no solo, como: mineralização, lixiviação, volatilização, nitrificação, etc. A forma N-nítrica é a que predomina no solo, permanecendo na solução, favorecendo a lixiviação para as camadas mais profundas, longe do alcance das raízes da planta. A lixiviação é a principal perda de N disponível para a planta. A eficiência dos adubos nitrogenados é em torno de 50%, devido às perdas dos nitratos por

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Acidificação do Solo pelos Adubos Nitrogenados

Os solos podem ser originalmente ácidos, pobres em bases trocáveis. Há lixiviação de cátions como o Ca, Mg e K que são substituídos por H+ e Al+ trocável. Na absorção, a raiz troca cátions, presentes na solução do solo, por íons H+ ou OH-. Os adubos amoniacais e a uréia acidificam o solo, pois na nitrificação liberam H+. As colheitas removem cátions básicos do solo. Os fertilizantes são muito importantes para o aumento da produtividade das plantas. Eles são usados em larga escala pelos produtores. As plantas têm necessidade de nutrientes, presentes nas formulações químicas e orgânicas, para promoverem o seu desenvolvimento e produtividade.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Minimizar as Perdas de N na Citricultura

As plantas, em geral, necessitam muito nitrogênio para o seu crescimento e produção. Na citricultura, a exportação, na colheita de frutos, é de 1,5 a 2 kg N/t. Como fertilizante, a uréia é o mais empregado em virtude do menor custo da unidade de N, pelo alto teor de N, em relação ao sulfato de amônio. Entretanto, a eficiência agronômica da uréia é reduzida pelas perdas de N, por volatilização de amônia (NH3), para o ar. E isto acontece com qualquer adubo nitrogenado amoniacal.

terça-feira, 6 de julho de 2010

As Emissões de Metano no Arroz Irrigado

O leitor assíduo deste blog,  que se assina "msg" fez um comentário sobre as emissões de metano, o qual transcrevemos abaixo e que completamos após com algumas elucidações sobre a matéria conforme a pesquisa brasileira oficial. O leitor msg, nos brinda sempre com comentários pertinentes aos assuntos do blog, e que vem enriquecer os nossos conhecimentos e dos nossos leitores.
Caro colega Gismonti
Pelo que  tenho lido, em que se inclui um texto seu, é grande o interesse aí, sobretudo,no Rio Grande do Sul,
pela cultura do arroz. Sendo ela responsável por parte das emissões de metano,que se vão dando onde haja condições  de  anaerobiose,  estando  assim  muito  bem  acompanhada,  que  várias  são  essas  condições,

terça-feira, 11 de maio de 2010

As Reações dos Fertilizantes Nitrogenados e o Solo

A principal ideia quando se aplicam fertilizantes é que eles vão adicionar nutrientes ao solo e que este, através das raízes, proverá a planta dos nutrientes necessários ao seu desenvolvimento vegetativo e à produção de grãos. Entretanto, quando aplicamos fertilizantes, inúmeras reações ocorrem entre os seus compostos e o solo. No caso dos fertilizantes nitrogenados, as reações mais importantes serão descritas a seguir:

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Os Fertilizantes Nitrogenados

Os fertilizantes nitrogenados são produzidos, importados e comercializados no Brasil em grandes quantidades. Eles provêm da amônia que possui o nitrogênio na sua composição. E todo o nitrogênio vêm da atmosfera; o ar contém 82.000 toneladas de N para cada um hectare de superfície terrestre; é muito N.

terça-feira, 13 de abril de 2010

As Vantagens da Fertirrigação

A fertirrigação, muito utilizada na fruticultura, no mundo inteiro, apresenta uma série de vantagens:

 aplicação da quantidade e concentração de um nutriente necessário à planta;
 aplicação de outros produtos como fungicidas, herbicidas;
 aplicação de misturas de fertilizantes e/ou fertilizantes líquidos que tenham, na sua composição, os micronutrientes;
 aplicação de nutrientes de acordo com as necessidades das plantas, evitando-se as dosagens excessivas de fertilizantes no solo, e a lixiviação de nutrientes;

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Adubação dos Citros nos Estados de Sergipe e Bahia

Os citros, no Brasil, são encontrados do Norte e Nordeste, ao Sudeste e Sul. Pelas características do solos brasileiro serem pobres em nutrientes e ácidos, a produtividade das laranjas ainda é muito baixa. Os citros desenvolvem-se melhor em solos com pH entre 6,0 e 6,5 e uma saturação por bases (V%) de 60 a 65. Por isto, esta cultura merece uma atenção melhor do produtor, com adoção de práticas modernas, visando o aumento da produtividade. Já publicamos, anteriormente, uma matéria sobre a calagem em citros mostrando os benefícios desta prática. Resta agora a adubação: e os Estados de Sergipe e Bahia serão o alvo desta matéria.

Adubação:
Para a recomendação de adubação é necessário que o citricultor tenha em mãos a análise do solo das áreas dos pomares. A análise do solo serve para conhecer o nível de fertilidade de um solo, e assim recomendar corretamente os fertilizantes. Quanto maior o número de amostras simples (subamostras) maior é a possibilidade de se ter uma amostra representativa. As plantas absorvem os nutrientes durante todo o ano, principalmente na época de floração e formação de novos ramos e folhas.Quando se aumenta a aplicação de potássio (K), utilizando o cloreto de potássio, aumenta-se a concentração de K disponível no solo.

ESTADO DE SERGIPE:

Pomar em formação:
Como aporte de fósforo (P2O5) usa-se 500 g/cova de superfosfato triplo, no plantio. Como fonte de matéria orgânica, usa-se o esterco de bovino ou torta de mamona ou esterco de galinha poedeira. O volume de esterco de bovino não deve ultrapassar 30% do volume da cova; a torta de mamona e o esterco de galinha não deve ultrapassar 10%. Quando se usa uma fonte orgânica deve-se esperar 30 dias para o plantio da muda, pois a mineralização da matéria orgânica libera calor. Em relação ao N recomendado pode-se substituir 1/3 da dose por produtos orgânicos, no plantio: 5 a 10 kg de esterco curtido, ou 3 a 5 kg de esterco de aves, ou 1 a 2 kg de torta de mamona por cova. O nitrogênio é o nutriente mais exigido pela planta cítrica durante a fase vegetativa. Na tabela abaixo sobre a recomedação de nutrientes aplicando matérias-primas, em vermelho está expressa a quantidade de supersimples, uréia e cloteto de potássio; logo abaixo, em preto, estão expressas as quantidades de nutrientes em N, P2O5 e K2O recomendadas, e baseadas na interpretação de P e K no solo. Em lugar do supersimples pode-se usar supertriplo corrigindo a quantidade a aplicar. A vantagem do supersimples é ele possuir enxofre (S) na sua composição.

Na tabela a seguir temos exemplos de como usar as fórmulas prontas de fertilizantes: basta saber em que faixas estão o P e o K no solo. Sabendo isto, usa-se a dose recomendada de P2O5 e K2O para tal faixa de interpretação e mais o N; tudo conforme a idade da planta. Obtém-se as necessidades de nutrientes, as relações simplificadas que multiplicadas por números (coeficientes) vão nos dar as fórmulas similares; e a partir destas as quantidades a aplicar.

Pomar em produção:
O nitrogênio deve ser aplicado com base na recomendação feita através de uma análise foliar; o fósforo (P2O5) e o potássio (K2O) com base no resultado da análise do solo. A quantidade de nitrogênio e de potássio deve ser fracionada em duas aplicações: no início e no final do período chuvoso; o fósforo deve ser aplicado numa única vez, no início das chuvas. Já nos pomares em formação ou em produção, pode-se usar 5 a 20 t/ha de esterco de curral, ou a 1 a 5 t/ha de torta de mamona. Os nutrientes devem ser aplicados em faixas, ao lado ou ao redor da planta. A faixa inicia 20 cm do tronco até 1,80 m do mesmo.O plantio de leguminosas entre as linhas pode ser uma opção como fornecimento de nitrogênio. O enxofre pode ser aplicado na adubação foliar – menos de 2 g/kg, usando sulfato de amônio (12% S) ou superfosfato simples (24% S). Quando o teor de magnésio, no solo, é menor que 1 cmolc/dm³, e na folha menor que 3 g/kg deve-se usar calcário dolomítico ou aplicação foliar de sulfato de magnésio de 4 g/L.
Micronutrientes:

ESTADO DA BAHIA:

Adubação de plantio:
É feita no sulco ou na cova usando-se calcário e superfosfato simples. Deficiência de boro (B) no solo - menor que 0,2 mg/dm³ - usar 1 g/m de B
Deficiência de zinco (Zn) no solo - menor que 1,2 mg/dm³ - usar 2 g/m de sulfato de zinco que pode ser aplicado junto com o supersimples.

Adubação de formação:
Inicia-se após o pegamento da muda até a idade de cinco anos. As quantidades de fertilizantes variam conforme o resultado da análise do solo e idade da planta. Pode se usar fertilizantes simples, misturas de grânulos, misturas granuladas. A uréia não deve ser aplicada em solo úmido e se seguido por mais de três dias de estiagem, pois há volatilização da amônia e perdas de N. Evitar a incorporação dos fertilizantes, por gradagem, pois danifica as raízes, cortando-as.
Adubação de produção
Começa a partir do sexto ano. Os fertilizantes são parcelados em quantidades e épocas de aplicação. Na Bahia, esta prática vai de março a agosto ou durante todo o ano se houver irrigação. Os fertilizantes devem ser colocados ao alcance das raízes para que haja um melhor aproveitamento dos nutrientes pelas mesmas. Nos citros, as adubações orgânicas e verde são recomendáveis. Os adubos orgânicos são capazes de fornecer N para as plantas. Os orgânicos nas quantidades abaixo fornecem, cada um, 10 kg de N:
2.000 kg de esterco de curral
500 kg de esterco de aves
200 kg de torta de mamona
Micronutrientes:
Nos pomares de produção os micronutrientes zinco (Zn), boro (B) e manganês (Mn) podem ser aplicados no solo ou via foliar: o boro, de preferência, por via solo; o zinco e o manganês, via foliar; utiliza-se a uréia e o cloreto de potássio como coadjuvantes nas aplicações foliares, pois melhoram a absorção dos micronutrientes. A melhor época para aplicá-los, via foliar, é durante o processo vegetativo da planta: em 3 a 4 aplicações parceladas. Na fase de produção, a primeira ocorre nos meses de janeiro e fevereiro. Quando a deficiência de boro for intensa aplicar 2 kg/ha de B em duas aplicações anuais.
Doses de micronutrientes por 100 litros de água
Zn – 300 g – sulfato de zinco
Mn – 300 g – sulfato de manganês
Cu - 250 g – hidróxido de cobre
B - 50 g – ácido bórico; ou 100 g borax
Mo - 30 g – molibdato de sódio

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Cana-de-açúcar - Nutrientes e adubação (2)

Na Parte I tivemos a oportunidade de comentar a extração e exportação de nutrientes do colmo e folhas da cana-de-açúcar, a importância dos mesmos, as deficiências dos macros e micronutrientes, a necessidade da correção do solo.
Cana-de-açúcar - Nutrientes e adubação (Parte 1)

A recomendação de calcário para a cana planta, no Estado de São Paulo, baseia-se na percentagem de saturação por bases (V%).
NC = (V2 - V1) T / PRNT, onde
V2 = % saturação por bases que se quer atingir (60%)
V1 = % saturação por bases conforme análise do solo
T = capacidade de troca de cátions em cmolc/dm³
NC = necessidade de calcário em t/ha
Para quem não se lembra:
T = S + (H+Al) em cmolc/dm³
S = Ca+Mg+K em cmolc/dm³
1 cmolc/dm³ = 10 mmolc/dm³
Por exemplo: V1 = 12% ; V2 = 60% ; T = 15 cmolc/dm³ ; PRNT = 80, logo
NC = (60-27) x 15 / 80 = 6, 18 t/ha

Vitti & Mazza apresentam uma fórmula para o cálculo da necessidade de calagem (NC) levando em consideração os resultados das amostras colhidas de 0-20 cm e de 20-40 cm.
NC = (V2-V1)CTC¹ + (V2-V1)CTC² / PRNT
CTC¹ = T¹ = capacidade de troca de cátions da camada de solo de 0-20 cm
CTC² = T² = capacidade de troca de cátions da camada 20-40 cm
Nesta fórmula, a NC t/ha seria a quantidade de calcário para aplicar na camada de 0-40 cm de solo.Luz & Martins, citados por Vitti, apresentam a seguinte fórmula para a cana planta.
NC = (V2-V1)CTC¹ /PRNT + 1/2(V2-V1)CTC² /PRNT
A NC encontrada em t/ha é para a incorporação do calcário na camada de 0-40 cm.
A COPERSUCAR, recomenda para solos arenosos a seguinte fórmula para encontrar a NC.
NC = 3 - (Ca+Mg) x 100 / PRNT
NC = t/ha para a camada de 0-20 cm.
Na cana soca, Vitti & Mazza indicam a seguinte fórmula para calcular a necessidade de calagem.
NC t/ha = (V2-V1)T / PRNT . A dose máxima deve ser de 3 t/ha.Na fabricação do superfosfato simples, há uma grande produção de um subproduto - o gesso ou sulfato de cálcio dihidratado. O gesso é mais solúvel e mais móvel que o calcário e fornece nutrientes como o Ca e S para as plantas, corrige áreas sódicas e é um ótimo condicionador para estercos reduzindo as perdas de N por volatilização. Na correção das áreas sódicas, o Ca do gesso substitui o sódio (Na) adsorvido à argila com formação de sulfato de sódio que é móvel no solo. Por ser mais solúvel que o calcário, o gesso corrige a acidez do solo mais rapidamente além de liberar cálcio para absorção pelas plantas e desenvolver o sistema radicular com grandes benefícios para os cultivos. O gesso pode ser utilizado nas áreas de depósito da vinhaça as quais apresentam excesso de potássio. Neste caso, haverá formação de sulfato de potássio que é bastante móvel no perfil do solo. A aplicação e incorporação do gesso, com irrigação, promove uma substituição do potássio (K) adsorvido aos coloides do solo pelo cálcio (Ca) contido no subproduto. O gesso deve ser usado quando a amostragem de 20-40 cm apresentar teores de Ca menor que 0,5 cmolc/dm³ ou 5,0 mmolc/dm³, alumínio (Al) maior que 0,5 cmolc/dm³ ou 5,0 mmolc/dm³, saturação por alumínio (m%) maior que 30% e saturação por bases (V%) menor que 35%. No cálculo da necessidade de gesso busca-se atingir V2 = 50%. na camada de 20-40 cm.
NG = (V2-V1)T / 100  
NG (t/ha) = (50-V1).T / 100
Os valores V1, T são os encontrados nos resultados de análise das amostras colhidas na profundidade de 20-40 cm.A fosfatagem é uma prática que proporciona maiores volumes de P no solo, mas o problema é a maior fixação. Esta prática promove um melhor desenvolvimento radicular das plantas com melhor absorção dos nutrientes e da água do solo. Pelo desenvolvimento, as raízes vão mais longe, explorando um maior volume de solo, encontrando nutrientes e água para suportar melhor os períodos de estiagem. Os produtores devem buscar as recomendações de um técnico quanto às necessidades e quantidades de fósforo nos canaviais.
Na adubação verde preferir sempre uma leguminosa devido a fixação do nitrogênio do ar pelas bactérias fixadoras que vivem em simbiose nas raízes. Isto faz com que a adubação nitrogenada seja dispensada. A utilização da adubação verde assegura um melhor controle e menor perdas de solo carregado de nutrientes, pela erosão. A incidência de ervas daninhas é diminuída.
Quanto à adubação orgânica, os dois principais resíduos orgânicos da cana-de-açúcar são a torta de filtro e a vinhaça. A torta de filtro é rica em P2O5 e CaO e é utilizada na cana planta, em toda a área, nas dosagens de 30 a 60 t/ha. A torta substitui, total ou parcialmente, a adubação fosfatada, sempre procurando verificar a dosagem de P2O5 recomendada.
A vinhaça é empregada na cana soca fornecendo todo o K2O e parte de N. O restante do N deve ser aplicado em cobertura através dos adubos nitrogenados existentes no mercado.
Quanto à adubação de plantio, deve ser processada através da análise do solo. No sulco usa-se P e K. O nitrogênio (N) é aplicado na dose de 30 a 40 kg/ha. Se foi feita a rotação de culturas com uma leguminosa, dispensa-se o uso deste nutriente. A ureia aplicada em solos cobertos por palhada provoca perdas elevadas de N por volatilização de 50 a 94%. A chuva ou a irrigação com vinhaça pode reduzir esta taxa, pois arrastam o fertilizante para as profundidades do solo diminuindo a volatilização. O sulfato de amônio não sofre grandes perdas por volatilização mas a desnitrificação se faz presente. Quanta à palhada, as altas relações C/N, C/P e C/S indicam uma baixa de nutrientes N, P e S, e a planta responderá à adubação nitrogenada.
Vitti recomenda em solos com menos de 25% de argila, usar 100 a 150 kg/ha de P2O5 em toda a área e 100 kg/ha de P2O5 no sulco de plantio. Já em solos arenosos, aplicar 100 kg/ha de K2O no sulco de plantio e o restante em cobertura.
Na adubação da cana soca, para cada tonelada de colmos esperada, aplicar a dose de 1 kg/ha de N. Se a produção esperada é de 100 toneladas de colmos, aplicar 100 kg/ha de N. Quanto ao K, aplicar quantidades de acordo com a produção esperada e conforme os teores do nutriente nas amostragens de solos das soqueiras. Manter a relação N:K2O de 1:1 ou 1:1,5.